foto AFP PHOTO/ IUCN - ANTONIO RIVAS
Cerca de um quarto dos mamíferos do Mundo corre o risco de extinção. A revelação faz parte de um estudo internacional apresentado esta segunda-feira, em Barcelona, no congresso da União Internacional para a Conservação da Natureza.
A destruição dos habitats naturais e a caça são as principais ameaças para cerca de 1139 das 4651 espécies de mamíferos estudadas pelas cientistas. O estudo mais compreensivo até hoje realizado, que envolveu 1700 investigadores, mostra que quase metade das 5847 espécies conhecidas de mamíferos está quebra.
“Os mamíferos estão num declínio mais rápido do que aquilo que pensávamos – uma em cada quatro espécies está em risco de extinção”. A observação, colhida pela Agência Reuters, foi feita por Jan Schipper, líder da equipa que fez a “Lista Vermelha” das espécies ameaçadas.
Da baleia azul ao morceço-abelha
Os mamíferos variam entre as várias toneladas da baleia azul e minúsculo morcego-abelha da Tailândia, do tamanho do insecto onde colheu o apelido. Segundo Jan Schipper a ameaça é mais premente para os mamíferos terrestres na Ásia, onde criaturas como o orangotango sofrem com a desflorestação. Cerca de 80% dos primatas na região estão ameaçados.
“Durante a nossa vida, centenas de espécies podem perder-se em consequência das nossas acções”, observou Júlia Marton-Lefreve, directora-geral da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), que compilou a “Lista Vermelha” apresentada em Barcelona. Segundo Jan Schipper, os dados recolhidos, que abrangem 4651 espécies, são muito mais amplos que o anterior estudo, de 1996.
A ameaça de extinção aumentou substancialmente para espécies como o Diabo da Tasmânia, um marsupial da Austrália, e a foca do mar Cáspio. Pelo menos 76 mamíferos desapareceram da face da terra desde 1500.
O lince ibérico à beira do fim
Do total de 1139 espécies consideradas em risco, 188 estão “em estado crítico”, a categoria mais elevada de extinção. Entre estes, inclui-se o lince ibérico, calculando-se que existam apenas entre 84 e 143 espécimes adultos. A caça, com repercussões na diminuição do número de coelhos, alimento favorito do grande gato da Ibéria, está entre os motivos que perigam a vida deste felino.
A perda do habitat e a caça, para tudo desde alimentação a produtos medicinais, “são, de longe, as maiores ameaças aos mamíferos”, escreveu a equipa liderada por Jan Schipper na revista norte-america Science. "Na realidade, o número de mamíferos ameaçados de extinção pode chegar aos 36%", acrescentou.
Entre outras ameaças, o aquecimento global, que o Painel do Clima das Nações Unidas considera responsabilidade humana devido ao uso excessivo de combustíveis fósseis está a atingir espécies que dependem do gelo do Ártico , como o urso polar.
5% das espécies recuperam
O relatório, que praticamente abriu o congresso da IUCN, que decorre até 14 de Outubro, não é todo sombra. Há também luz: 5% das espécies estão em recuperação, graças aos esforços humanos de conservação. Casos do bisonte europeu e o furão de pé-preto, encontrado na América do Norte. O elefante africana também desceu na lista de preocupações, passando de “risco ligeiro” para “vulnerável”, devido ao aumento de populações elefantinas no sudeste e este de África.
Segundo Schipper, desde 1992 foram referenciadas mais 349 espécies de mamíferos. Entre estas o elefante musaranho, um mamífero insectívoro da Tailândia. De acordo com os investigadores, há espécies que desaparecem antes mesmo de serem identificadas e catalogadas.
A destruição dos habitats naturais e a caça são as principais ameaças para cerca de 1139 das 4651 espécies de mamíferos estudadas pelas cientistas. O estudo mais compreensivo até hoje realizado, que envolveu 1700 investigadores, mostra que quase metade das 5847 espécies conhecidas de mamíferos está quebra.
“Os mamíferos estão num declínio mais rápido do que aquilo que pensávamos – uma em cada quatro espécies está em risco de extinção”. A observação, colhida pela Agência Reuters, foi feita por Jan Schipper, líder da equipa que fez a “Lista Vermelha” das espécies ameaçadas.
Da baleia azul ao morceço-abelha
Os mamíferos variam entre as várias toneladas da baleia azul e minúsculo morcego-abelha da Tailândia, do tamanho do insecto onde colheu o apelido. Segundo Jan Schipper a ameaça é mais premente para os mamíferos terrestres na Ásia, onde criaturas como o orangotango sofrem com a desflorestação. Cerca de 80% dos primatas na região estão ameaçados.
“Durante a nossa vida, centenas de espécies podem perder-se em consequência das nossas acções”, observou Júlia Marton-Lefreve, directora-geral da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), que compilou a “Lista Vermelha” apresentada em Barcelona. Segundo Jan Schipper, os dados recolhidos, que abrangem 4651 espécies, são muito mais amplos que o anterior estudo, de 1996.
A ameaça de extinção aumentou substancialmente para espécies como o Diabo da Tasmânia, um marsupial da Austrália, e a foca do mar Cáspio. Pelo menos 76 mamíferos desapareceram da face da terra desde 1500.
O lince ibérico à beira do fim
Do total de 1139 espécies consideradas em risco, 188 estão “em estado crítico”, a categoria mais elevada de extinção. Entre estes, inclui-se o lince ibérico, calculando-se que existam apenas entre 84 e 143 espécimes adultos. A caça, com repercussões na diminuição do número de coelhos, alimento favorito do grande gato da Ibéria, está entre os motivos que perigam a vida deste felino.
A perda do habitat e a caça, para tudo desde alimentação a produtos medicinais, “são, de longe, as maiores ameaças aos mamíferos”, escreveu a equipa liderada por Jan Schipper na revista norte-america Science. "Na realidade, o número de mamíferos ameaçados de extinção pode chegar aos 36%", acrescentou.
Entre outras ameaças, o aquecimento global, que o Painel do Clima das Nações Unidas considera responsabilidade humana devido ao uso excessivo de combustíveis fósseis está a atingir espécies que dependem do gelo do Ártico , como o urso polar.
5% das espécies recuperam
O relatório, que praticamente abriu o congresso da IUCN, que decorre até 14 de Outubro, não é todo sombra. Há também luz: 5% das espécies estão em recuperação, graças aos esforços humanos de conservação. Casos do bisonte europeu e o furão de pé-preto, encontrado na América do Norte. O elefante africana também desceu na lista de preocupações, passando de “risco ligeiro” para “vulnerável”, devido ao aumento de populações elefantinas no sudeste e este de África.
Segundo Schipper, desde 1992 foram referenciadas mais 349 espécies de mamíferos. Entre estas o elefante musaranho, um mamífero insectívoro da Tailândia. De acordo com os investigadores, há espécies que desaparecem antes mesmo de serem identificadas e catalogadas.
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