"Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo o dia." José Saramago

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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Deixo aqui a notícia e o meu "silêncio". Fica ao vosso critério, reflectir sobre tudo o que tenho escrito sobre a SPAD.



DIÁRIO DE NOTÍCIAS - 2010/04/17
SPAD sem dó no abate de gado na Serra de Água
Gonçalo Nuno diz que compete À SPAD "cumprir a lei quanto ao registo dos animais"

A Sociedade Protectora dos Animais Domésticos (SPAD) está do lado do Corpo da Polícia Florestal, em relação à polémica questão do abate de cabeças de gado nas montanhas da Serra de Água.
O director Gonçalo Nuno Santos diz "estranhar muito" os contornos desta questão, mas não tem dúvidas quanto à legitimidade da acção perpetrada pelo guarda florestal. "A lei é clara", observa o responsável pela SPAD, que chama a atenção para a importância dos proprietários em respeitar as normas, "sobretudo a legislação que está em vigor, que é a favor dos próprios animais", garante. "Devem respeitar nomeadamente o registo dos animais", sustenta, de modo a "evitar o pior, que foi o que aconteceu", reconheceu.
Contudo e com base em testemunhos, até porque diz ter acompanhado este caso, Gonçalo Nuno assegura que "esses animais não cumpriam a lei", razão pela qual vê uma forte possibilidade sobre o porquê dos seus proprietários terem omitido às autoridades florestais "que esses animais tinham desaparecido".
De resto, o responsável pela SPAD levanta suspeitas sobre a verdadeira intenção que esteve por detrás do soltar dos animais em causa, mesmo partindo do princípio que "eventualmente tenha sido por causa do temporal". Isto porque diz "estranhar muito que isso (abate) tenha sido feito mais de um mês e meio depois (temporal)", assim como, "estranha-se ainda mais que não tenha sido pedida ajuda para esses animais" e ainda "estranha-se que de onde todos esses animais saíram, se mantenha intacto o respectivo lugar que os acolhia", afirma.
Para Gonçalo Nuno "é tudo muito estranho", embora reconheça que não compete à associação que dirige investigar no sentido de dissipar as dúvidas. Alega que para a SPAD importa sobretudo "cumprir e fazer cumprir a lei no que diz respeito ao registo dos animais", "verificar porque é que aconteceram determinadas coisas e tomar as medidas que a lei nos confere" e "acautelar os direitos do animais", concluiu.

Ismael lamenta intolerância
Posição contrária tem o presidente da Câmara Municipal de Ribeira Brava, embora procurando não lançar 'mais achas para a fogueira'.
Sem se pronunciar directamente à actuação da Polícia Florestal, Ismael Fernandes deixou contudo transparecer não ter ficado satisfeito com a actuação rigorosa e intransigente da autoridade florestal.
O autarca ribeira bravense entende que "para situações excepcionais, como foi aquela que infelizmente aconteceu na Serra de Água no dia 20 de Fevereiro, também devem ser adoptadas medidas excepcionais", deixando assim implícito nas entrelinhas o seu descontentamento perante o abate dos animais que haviam fugido para a serra.
Admite mesmo que "deveria ter havido alguma tolerância" por parte das Florestas na forma como lidou com esta situação dos animais descobertos em área protegida, "até para não criar mais este sofrimento a uma população que já está o suficientemente traumatizada", concretizou.

Orlando Drumond
DIÁRIO DE NOTICIAS; http://www.dnoticias.pt/Default.aspx?file_id=dn04010208170410; 2010.04.17


DIÁRIO DE NOTÍCIAS - 2010/04/20
Liga do Animal pondera pedir explicações

A presidente da Liga, Maria do Céu Sampaio considera "um disparate" o abate a tiro

A Liga Portuguesa dos Direitos do Animal (LPDA) pondera pedir explicações à Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais - entidade que tutela a Direcção Regional de Florestas e a Polícia Florestas (PF) - sobre o abate de cabeças de gado na Serra de Água por parte de agentes da PF. Segundo adiantou ao DIÁRIO a presidente da Liga, Maria do Céu Sampaio, poderão não ter sido respeitados todos os procedimentos. É que, antes do abate sobre o terreno, mandam as boas regras e o bom senso que a autoridade capture os animais vivos.
Para Maria do Céu Sampaio estamos perante 'animais de quinta', que estavam estabulados, e que, por força das circunstâncias, foram libertados. Mandava o bom senso que a autoridade florestal capturasse os animais e averiguasse a quem pertenciam. Se fosse caso disso, movia um processo de contra-ordenação contra o proprietário (contra-ordenação punível com coima de 100 a 3700 euros ou outras sanções acessórias). Mas nunca o abate como primeira opção.
Maria do Céu Sampaio disse que desconhecia o assunto (até ao telefonema do DIÁRIO) e ficou surpreendida com a posição da Sociedade Protectora dos Animais Domésticos (SPAD).
Para a presidente da LPDA não consta que, no continente, tenham sido abatidos a tiro, sobre o terreno, 'animais de quinta', ainda que em infracção.
Além disso, não consta que os animais fossem silvestres (tinham passado apenas algumas semanas depois do temporal) ao ponto de tornar difícil a sua captura. "Escusavam de os abater a tiro, é um disparate", disse.
A dirigente da LPDA até dá de barato que os animais não estivessem devidamente registados (o que desconhece) mas isso não dá o direito do abate a tiro. "Os animais não foram abandonados na serra, foram libertados após um evento inesperado. Deveriam ter sido recuperados e entregues aos próprios donos", lembra.
Para Maria do Céu Sampaio, a actuação da PF abre a porta a que o proprietário do gado possa mover um processo contra o Estado por responsabilidade civil extracontratual. "Há um prejuízo causado ao dono dos animais... podem exigir ser indemnizados pelo abate dos animais", disse.

Não há risco para a saúde pública
Maurício Melim
A decomposição de animais junto de linhas de água pode constituir risco para a saúde pública mas o presidente do Instituto da Administração da Saúde e Assuntos Sociais (IASAÚDE), Maurício Melim, minimiza as eventuais consequências em matéria de saúde pública, resultante da decomposição a céu aberto dos animais que foram abatidos pela Polícia Florestal nas montanhas da Serra de Água.
O responsável sanitário defende que o mais importante neste cenário é não deixar que a decomposição dos animais ocorra junto de linhas de água, de modo a evitar a sua contaminação.
"Desde que os animais que foram abatidos não estejam junto de linhas de água, à partida a sua decomposição não representa qualquer perigo em termos de saúde pública", sustentou.
Embora reconheça que o ideal seria a remoção destes animais mortos para local apropriado, Maurício Melim admite que tal nem sempre seja possível, nomeadamente nos casos em que se torne impraticável ou perigoso o seu resgate.
Assegurou, de resto, ter a garantia por parte da autoridade florestal, de que as cabeças de gado que foram abatidas, e cuja desintegração progressiva já ocorre, verifica-se em locais onde está salvaguardada a não influência dos seus efeitos de decomposição sobre linhas de água.
Simplício Pestana
O delegado regional da Associação Nacional de Freguesias, Simplício Pestana diz que as Juntas de Freguesia não têm competências no registo de animais para além de cães e gatos. O que aconteceu recentemente e por via das ameaças da 'gripe das aves' e da 'peste suína' foi uma colaboração pontual das autarquias locais, porque mais próximas das populações, no levantamento, inventário e registo de aves (galinhas, patos, etc.) e pequenas explorações pecuárias (chiqueiros). De resto, cabe à Direcção de Veterinária tal incumbência.

Lei manda capturar
O Decreto Legislativo Regional n.º 35/2008/M, de 14 de Agosto, estabelece o regime de protecção dos recursos naturais e florestais. O artigo 15.º dodiploma define as áreas vedadas à apascentação, proibindo-a nas cabeceiras das ribeiras; cimos dos cabeços; encostas muito declivosas; arribas e falésias; nascentes de cursos de água; e onde se verifiquem indícios de erosão.
Estabelece-se, no artigo 23.º, que "O animal encontrado a apascentar em flagrante contra-ordenação das disposições do presente diploma deverá ser apreendido pelos agentes fiscalizadores, podendo ser entregue aos seus legítimos proprietários mediante a prestação de caução idónea ou pagamento da coima, do valor dos danos causados e das despesas que resultem da sua apreensão". Contudo, o n.º 2 do artigo 23.º diz que "O animal referido no número anterior poderá ser abatido caso se torne impraticável ou perigosa a sua captura, sem prejuízo do processamento da respectiva contra-ordenação".
Ora, é este o 'escudo' para a Polícia Florestal que pode justificar o 'saltar' de procedimentos como a captura; afixação de avisos; remissão à junta de freguesia; prazo de reclamação e eventual venda da(s) cabeça(s) de gado em hasta pública.

Registo dos animais é obrigatório
O que é necessário para poder deter e produzir bovinos e ou ovinos e ou caprinos?
Para além das condições gerais estabelecidas no Decreto-Lei n.º 214/2008, de 10 de Novembro e o aplicável da Portaria n.º 631/2009, de 9 de Junho, relativamente à gestão dos efluentes pecuários, aplica-se ainda o disposto da Portaria n.º 638/2009, de 9 de Junho, que estabelece as normas regulamentares aplicáveis à actividade de detenção e produção pecuária, ou actividades complementares, de animais das espécies bovina, ovina e caprina nas explorações e nos núcleos de produção de bovinos ou núcleos de produção de ovinos e caprinos, bem como nos entrepostos e nos centros de agrupamento autorizados para estas espécies animais. Nos casos em que o número de animais não excede as cinco CN (Cabeças Normais) por espécie, num máximo de 10 CN por exploração, a actividade enquadra-se na Classe 3 do Regime do Exercício da Actividade Pecuária (REAP), bastando apenas o seu registo nos serviços oficiais competentes.
O registo das explorações pecuárias que se enquadrem na classe 3 do REAP deve ser feito na Direcção de Serviços de Produção e Saúde Animal, mediante requerimento dirigido ao Director Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural. O registos dos animais (identificados com um brinco na orelha) é obrigatório, o licenciamento das explorações é outra legislação.

Contactado pelo DIÁRIO, o director regional de Agricultura, Bernardo Araújo, assegurou que o registo de animais (marca de exploração), ainda que em pequenas explorações agrícolas, é obrigatório. O que acontece, disse, é que o processo de registo (de pequenos estábulos, chiqueiros, galinheiros), apesar de obedecer a regras mínimas que têm de ser cumpridas, é mais simples e menos burocrático do que as explorações industriais. Bernardo Araújo desconhece se a exploração da Serra de Água de onde foram libertados os animais por altura do temporal, estava ou não registada.

Emanuel Silva
Diário de Noticias;
http://www.dnoticias.pt/default.aspx?file_id=dn04010201200410; 2010.04.20

sábado, 10 de abril de 2010

Adeus Cornélia...





Hoje... perdi mais uma grande amiga... a Cornélia.
Já estava connosco já há alguns anos e a sua partida foi e é bastante dolorosa.
Era muito amiga e companheira.
Tinha ficado cega com cataratas mas nunca deixou de ser amada, de viver e de fazer alguém feliz.
Estejas onde estiveres... obrigada por todos os momentos que nos proporcionastes...
Até um dia Cornélia...
Da Natália e do António
Natália Vieira

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Análise

Recentemente, e isto após ter divulgado algumas verdades sobre a SPAD, vi-me confrontada com algumas críticas, provenientes de alguns "dinossauros" do sistema, que tentaram, a todo o custo, fazer passar uma imagem errada da minha pessoa.
Defendo tudo o que acredito, com todas as minhas forças e isso incomoda.
Para quem interessar, anexo aqui ao meu blog, alguns exemplos de cartas de leitores que já escrevi.
Já utilizo este espaço, se a memória não me falha, desde os anos 90. Algumas delas, até foram escritas durante o curto período de tempo que estive na SPAD.
Este meu acto, tem um único objectivo:
O de deixar bem claro que, na minha simples passagem pela Vida, o que me interessa é lutar pelas causas que me dizem algo, entre elas: a Natureza e os Animais, tudo o resto, ofereço de bandeja aos "sorninhas".
A todos os que fizeram questão de me dar palavras de confiança e apoio, o meu obrigada.

Natália Vieira

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Humanos e Cães

É egoísmo do humano julgar-se dono todo-poderoso do Planeta Terra.
Todos os que pensam assim, têm uma visão um pouco distante da realidade da vida.
Se os animais, neste caso, os cães, andam pelas nossas ruas abandonados, famintos e desesperados, foi que foram lá colocados pelos Homens.
Se por um acaso ladram (falam) a esses humanos, fazem-no como todos nós quando precisamos de ajuda.
A solução não é exigirmos a resolução desses problemas, só pelo facto de esses animais e muitos outros, que andam abandonados, incomodarem-nos com os seus uivos de fome e desespero.
A solução não é nem nunca será, exigirmos que esses animais sejam retirados das ruas sem sabermos que futuro terão e que atitudes estão a ser tomadas para evitar situações dessas no futuro.
Não podemos, nem temos o direito de pedir que se exterminam das ruas todos estes animais só pelo facto de nos incomodarem!
Não é assim que se resolve o problema dos animais, dos sem abrigo e de todos os outros que simplesmente não conseguem ou não conseguirem vencer nesta sociedade.
Muitos dos leitores, principalmente os que estão habituados a lidar com animais, sabem que os animais reconhecem com quem estão lidando, ou seja não têm por hábito morder quem os ajuda ou quem os compreende.
Falo por experiência própria, pois tenho por hábito dirigir-me a cães abandonados e até hoje nunca tive nenhuma experiência desse género.
Agora, assim como eu, penso serem muitos os leitores que já provarem os “dentes” de determinados humanos que por aí andam no nosso dia a dia. E, aí sim, penso estarmos todos de acordo que as dentadas são muito mais dolorosas.
Está na altura de todos nós crescermos como humanos e exigirmos á classe política que sejam tomadas providências para esta situação.
Essa é a solução.
Sempre existiram pessoas que gostem e outros que não gostem de animais.
Agora, o que nunca poderá deixar de existir, são Homens que respeitem e defendem os direitos de todos os Seres Vivos independentemente da sua raça.

Natália Vieira
2005-11-27

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Animais torturados

Para alcançarmos determinados fins é obrigatório insistir e lutar pelo que acreditamos.
Decidi, utilizar, mais uma vez este espaço, para, sem querer ferir sensibilidades, falar de situações que sucedem numa Ilha que se diz povoada por um povo superior.
Aqui, nesta flor do Atlântico, ainda continua-se a cometer barbáries contra os animais que não é compreensível para quem se considera digno de ser humano, digno de viver.
Aqui, nesta Ilha, ainda mata-se cães, atando-os a um pau e batendo-lhes com uma enxada até á morte, por motivos tão incompreensíveis quanto o acto;
Ainda se envenena cães e gatos, por mero desportivismo e prazer;
Termina-se com a existência das recém nascidas cadelinhas e gatinhas, batendo com as suas cabeças em mesas, sanitas ou afogando-as até á morte só pelo facto de serem fêmeas;
Atropela-se, em rituais satânicos, usando camiões, cães e gatos, para colocar um fim a animais doentes e não desejados;
Mata-se porcos traçando-lhes facas gigantescas na garganta, deixando-os a gritar e a sangrar até á morte, quando só bastava simplesmente recorrer a métodos mais actualizados de consumir estes animais;
Aqui, nesta Ilha, tortura-se cães e gatos da forma mais bizarra, macabra e doentia!
Agora, senhores leitores, só com estes exemplos, reflictam…
Ainda consideram, exagerado o facto de meia dúzia de pessoas andar preocupada com os animais nesta Pérola do Atlântico?!
Não concordam que existe uma pobreza cultural neste povo superior e que a nossa classe politica finge não ver problemas tão graves quanto estes por meros interesses próprios?!
Todos nós ouvimos comentários destes em cafés, em ruas… histórias verídicas que se contam para afirmar o machismo e a feminilidade!
Provas? Se as tivesse caros leitores, ia com elas para a lei nem que para isso tivesse que recorrer a extremos para lá deste horizonte.
Se sinto prazer em ser Madeirense nestas ocasiões, não, sinto vergonha.
Se vou parar de lutar em prol dos mais fracos, nunca!


Natália Vieira
2005-11-30

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Embora seja difícil para alguns aceitarem, a nossa sociedade é na grande maioria egoísta, snobe e preconceituosa.
É por muitos serem assim, que não vêm nenhum problema no seu espaço paradisíaco.
O meio utilizado por muitos, para atingir fins deixou de ser importante, transformando a maior parte dos seres humanos em seres vazios e fúteis que em nada se assemelham aos racionais deste Planeta.
Fechar os olhos aos factos não faz com que os mesmos desapareçam.
Não ter a coragem de enfrentar determinadas situações de frente de nada vale na resolução ou na melhoria dos problemas.
Eu sou crítica. Faz parte do meu carácter.
Temos debatido muito o problema dos animais, muitas das vezes sem um consenso, o que é normal pois estamos a falar de espécies diferentes.
Existem animais por aí na posse de donos sem escrúpulos que precisam de ajuda e todos nós sabemos disso.
Já começamos a notar uma ligeira melhoria no que diz respeito ao relacionamento entre o Homem e o Animal aqui na nossa Ilha, mas ainda estamos muito, mas muito longe de atingir um patamar acessível.
Muitos, presenciam actos criminosos contra animais, mas, limitam-se a encolher os ombros, e acobardam-se quando se trata de fazer queixas à justiça.
Voltamos ao mesmo, uma sociedade medricas voltada só para o seu bem-estar e com pavor de dar a cara perante a sociedade perfeita, afinal quem perde tempo com coisas tão supérfluas.
Muitas das vezes neste Diário, alerta-se para determinados actos selvagens para com o ambiente e a natureza;
Ninguém pode mudar o Mundo, mas se cada um de nós fizer um pouco, de certeza que o nosso espaço ficará muito melhor.

Natália Vieira
2006-08-10

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Concerto nas Desertas
Data: 13-08-2006

"Embora a protecção destas ilhas tenha sido motivada pela urgência de tomada de medidas para a conservação do lobo-marinho, o seu objectivo é a protecção e preservação de todo um conjunto de fauna e flora únicos e que englobam várias espécies raras e endémicas.

Como reconhecimento do valor natural e ecológico destas ilhas, em 1992 o Conselho da Europa classificou-as como Reserva Biogenética" www.pnm.pt.

"Reserva Natural: zona delimitada (parque), cuja protecção, assegurada pelo Estado, tem por objectivo garantir a sobrevivência das espécies animais e vegetais que nela se encontram, bem como preservar o equilíbrio do seu habitat natural".

Concerto de Jazz!! Concerto de Jazz nas Ilhas Desertas… confesso… é raro… mas é verdade… fiquei sem palavras… sério!! Concerto de Jazz numa Reserva Natural!! Quem fez bem foi a nossa amiga Desertinha, o lobo-marinho fêmea, que desertou enquanto era tempo! Esperta a menina, não?! Muito bem, cara amiga! És das minhas! Nada de ser submissa! Luta contra esses tipos! Foge enquanto é tempo, cara amiga! Este concerto só vem demonstrar que isto de ser do Parque Natural aqui na Madeira é tudo uma fantochada, manda como em tudo aqui na Madeira, a tão poderosa lei do poder! Continua… sai daquela zona enquanto é tempo! Avisa todos os teus amigos que lá estão e que pensam que estão seguros! Vem aí uma nova espécie de "lobos"! Os piores!! Fujam!! Hoje é um concerto de jazz, amanhã quem sabe uma festa privada dos "grandes", depois uma Beach Party… Vou terminar… estou em estado de choque… não consigo escrever mais nada… por hoje… Fuuuuujaammmmmm amigos da Reserva… fuuuujjjaaaammmmm….

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Acho impressionante o facto de muitos seres, que se dizem racionais, consideraram “imundo” a passagem de animais pelo trajecto, que esse seres, que se julgam os super do Mundo, passam no dia a dia.
Acho impressionante o nível aonde o Homem chegou, onde as classes sociais predominantes são cada vez mais vinculadas e nauseabundas.
Despreza-se quem é pobre, quem não veste “marca”;
Despreza-se quem não “lambe botas”;
Despreza-se todos os outros seres diferentes
de nós.
Numa das cartas de leitores, alguém escrevia preocupado com a violência doméstica.
Numa outra, falava sobre a preocupação do aumento da criminalidade aqui na Ilha.
Pois...Estarão os Madeirenses a acordar agora de um longo sono anestesiado?!
Estarão muitos de nós a reflectir que existe Mundo para além deste Horizonte?!
Pois é meus senhores(as)...
Os problemas existem! E por vezes estão bem na frente dos nossos olhos, basta olhar.
Tudo isso é a factura do “desenvolvimento do cimento”, que deixou adormecido muitos outros factores que precisavam de atenção.
O Álcool, a Droga, a Violência, (...) estão aqui como estão no País e no Mundo. Enganam-se quem se julga melhor e isento de tudo isto.
Quanto aos Animais...que mais tenho a dizer...
Mentalidades fracas...Gente, que julga que Deus veio ao Mundo só para moldar os seus belos dias, a seu belo prazer...
Egoísmo puro ao deitar os problemas para “debaixo do tapete”.
Assistimos frequentemente Homens a fazer chichi pelos cantos e a “escarrar” para o chão;
Assistimos frequentemente Homens a não cuidarem dos seus lixos e da sua higiene pessoal;
E não se pense que são só os desprotegidos que vagueiam pelas ruas, verificamos até nos melhores “níveis” sociais.
Logo, antes de olharmos os animais com desprezo e nojo...reflictam...e actuam...
Quanto aos nossos “cérebros” do Governo... Esqueçam um pouco o cimento...ajudem as pessoas e os animais...
A Ilha, o País e o Mundo, assim como os seus problemas, pertencem a todos nós.
Ser Humano tem muito mais significado do que ser Homem.

Natália Vieira
2006-01-16

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Neco limpou o pedaço de erva que tinha preso à longa cauda branca e suspirou.
Fixava tristemente o cartaz que anunciava a mostra canina que iria ocorrer.
Se tivesse tido outra sorte, quem sabe naquele dia também desfilaria!
Estava sujo e com pulgas mas era bonito!
Mas, a vida tinha-lhe traçado outro caminho mais duro.
Não gostava de lamentar-se pois ainda era livre e nunca tinha sofrido as descargas de raiva dos humanos, embora já tivesse visto muitos dos seus amigos morrerem por isso.
O estômago roncou. Era o aviso que não comia há já muito tempo.
Já tinha procurado em todos os baldes de lixo e não tinha conseguido nada.
Deitou-se na erva do jardim.
O Sol batia suavemente acalmando a dor da solidão.
Dormiria um pouco, isso serviria para sossegar a fome.
Era um cão novo, sabia-o, mas a esperança de um dia conseguir um lar, era algo que já tinha morrido em seu coração.
Aqueles que iriam desfilar na exposição, deviam ser felizes pois eram amados e acarinhados.
Ele, assim como muitos outros, lutavam no dia a dia, para sobreviverem nesta Ilha onde ninguém queria saber dos cães rafeiros e dos sem lar.
Invejava-os, tinha vergonha disso, mas não conseguia negar a si próprio aquele sentimento revoltante.
Na lei da Natureza todos deveriam ter direito à vida, mas um dia, alguém inventara os ricos e os pobres e a partir daí…
Porque não faziam exposições ou outros acontecimentos cujas receitas revertessem em apoio de todos os animais abandonados.
Apanhá-los e colocá-los dentro de jaulas afastados da perfeição nunca iria resolver o problema.
Se tivessem laqueado a sua mãe, ele não estaria ali a sofrer…
Uma lágrima desceu do seu olho e logo foi camuflada pela sua pata peluda.
Era impensável no mundo em que estava os seus rivais verem-lhe chorar, era sinónimo de fraqueza e um passo para a destruição.
Fechou os olhos e deixou-se adormecer aconchegado pelos raios daquele que até hoje nunca tinha lhe abandonado.
O estômago, mais uma vez roncou…não importa, também ele adormeceria.

Natália Vieira
2006-09-27

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Ainda estou em estado de choque mas…ora vejamos…
O Sr. Costa Neves diz que a Câmara tem que atender primeiro, a determinadas necessidades básicas dos cidadãos e só depois disso se preocupar com a SPAD.
A Guarda-florestal anda por aí a abater porcos dentro de propriedades privadas, entre eles, fêmeas à espera de filhotes;
A PSP andou à caça de um Rotweiller e abateu a tiro sem muitos rodeios;
Onde é que eu nasci?!!!
Para onde caminhamos?!
É isto que intitulam de povo superior?!
Meu caro Sr. Costa Neves, o que são prioridades? Uma estradinha nova para o povo superior se passear?
Meu caro Sr…., as declarações que fez ao Diário de Noticias não ajuda em nada a todos os que lutam pelos animais nesta ilha e enfrentam muitos obstáculos!
Quando existe humanidade dentro dos corações, e para isto não é necessário estar “filiado” em nenhuma religião, não podem nem devem existir prioridades.
O nosso coração é enorme e cabe muito lá dentro, desde que o materialismo não ocupe demasiado espaço.
Vocês, que foram eleitos pelo povo madeirense, têm a obrigação de tentar coordenar todos os esforços para estarem em todo o lado e não darem a entender directamente que o problema da SPAD é só o acesso à mesma que precisa ser melhorado.
Bem sei que vivemos na era do cimento e do alcatrão mas isso não justifica que deixem morrer animais desviando fundos só pelo nosso belo prazer.
Vocês têm um problema grave! E não são com declarações dessas que vão contribuir para uma mudança de mentalidades nesta Ilha.
Que péssimo exemplo vinda das entidades governamentais!
Quanto à Guarda-Florestal e à PSP, idem aspas…
Nunca ouvirem falar de uma substância que se chama calmantes, tranquilizantes?!
Sim é algo que se usa em situações deste género…usam na Africa!
Que belo exemplo estão a dar aos madeirenses, sim senhor…
É só sair por aí aos tiros e derrubar tudo o que nos atrapalha no caminho.
LAMENTÁVEL!
E eu, na minha inocência toda a pedir uma maior fiscalização para os maus-tratos dos animais…
Povo Superior…pois…

Natália Vieira
2006-06-18

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Sobre o assunto das promenades, alvo de várias cartas aqui neste espaço, gostaria de escrever umas palavrinhas.
As Câmaras e as Entidades encarregues pela manutenção de todas as promenades da nossa Ilha, são e muito, responsáveis por esta situação, tendo a obrigação de olhar com muita atenção todas as criticas visto estas serem fundamentais para melhorar determinadas situações.
Mas, todos nós cidadãos, também temos a obrigação de cuidar e respeitar todas as zonas públicas que temos, e infelizmente, no nosso dia a dia, observamos grande falta de civismo, numa grande parte da nossa sociedade.
Resumindo, não só de vias rápidas e cimento vivo o Homem. È necessário civismo, cultura e educação, e estas pequenas coisas, não estão numa prateleira de supermercado, estas conquista-se e luta-se para obtê-las.
Após ter lido vários artigos sobre promenades, foi num que a minha atenção se centralizou, o da Promenade do Caniço.
O Sr. que o escreveu parecia deveras chocado com determinadas situações, algo que não vou discutir pois até concordo em parte que aquela promenade está um pouco ao esquecimento.
Agora, o Sr. manifestou com tamanha desprezo o facto de por lá vaguearem gatos, que segundo a versão do mesmo, estão com um aspecto doentio e sujo.
Para quem não sabe, já os gatos lá estavam antes mesmo da promenade existir.
Meu caro Sr., garanto-lhe, que são muitas as vezes que me cruzo com muitos seres humanos que também me provoca esse tipo de sensação.
Alias, esse número, até tem vindo a aumentar gradualmente, situação para a qual até penso ter uma explicação. Deve ser pelo facto de o Humano estar tão concentrado no incómodo que os outros seres vivos lhes provocam, que até se esquece de se olhar espelho.
Deixemo-nos do típico egoísmo humano, pois estes gatos não incomodam ninguém ali.
Alias o gato, ao contrário do Humano, é um animal muito livre e independente e só se aproxima de quem ele sabe que pode confiar. Por isso, penso que pode estar descansado, que de si e muitos outros Humanos os Gatos nem muitos outros animais irão se aproximar.
Quanto ao pratinhos de comida que surgem por entre as plantas nesta promenadade, são lá colocados na maioria pelos estrangeiros, que após os seus jantares nas entidades hoteleiras da zona, vão lá com muito carinho durante a sua estadia, oferecer algo a esses gatinhos que a maioria dos madeirenses ignora.
Tudo isto porque nesse aspecto, existem muitas outras culturas que olhem para o problema dos animais abandonados com outros olhos, sem ser da forma de que muitos Madeirenses olham.
Já não é recente nem novidade vermos a forma como o nosso povo superior olha os animais abandonados, mas penso que se queremos realmente estar ao nível da Europa, temos muito que evoluir e cabe a cada um de nós olhar para si próprio e tirar as verdadeiras conclusões.
Para terminar, a todos aqueles que ainda olhem os animais abandonados com desprezo, repugnância e ainda, aos olhos de uma lei que teima em se esconder na sombra, continuam a matá-los de várias formas, o meu sentimento mais puro de piedade e agora sim desprezo...
E convém não esquecermos que nunca ninguém sabe qual será o seu verdadeiro destino e onde estaremos no dia de amanhã.

Natália Vieira
2006-06-16

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Esperei… e cheguei à conclusão que deveria ir ao encontro da informação.
As respostas que obtive foram que a mesma embarcação estava legal, fora do limite da linha batimétrica dos 50m a Sul, e que, todos os anos, é legal pescar naquela área a chamada “isca”.
Até aqui, penso que muitos de nós já sabíamos, logo nada de novo.
Como cidadã, aceitei a explicação, e tal como manifestei-me na altura, não concordo.
Sem querer colocar em causa o trabalho de quem defende esta e todas as outras reservas que temos, não consigo imaginar uma linha imaginária, uma “fronteira”, dividindo a zona e evitando que os peixinhos passem de um lado para outro, mostrando simplesmente os seus “passaportes”, principalmente quando as ditas embarcações, mesmo fora da linha de reserva, utilizem luzes florescentes com o objectivo de “chamar o peixe”.
Orgulhamo-nos de mostrar nos nossos panfletos turísticos que possuímos reservas em várias partes da Ilha;
Fiscalizamos as pessoas, ditas do povo, quando frequentam as praias em redor, ou tentam pescar um peixinho com uma caninha de pesca;
Fazemos tudo isto e depois, permitimos que embarcações de grande porte, pesquem “isca”, mesmo junto ao limite legal, e aos olhos de todos?!
Acreditamos assim tão fortemente, que as mesmas cumprem a lei e não apanhem exemplares protegidos?!
Como explicamos ao turistas que aquilo que viram nos panfletos, é realmente uma Reserva Natural, mas que também é permitido pescar bem junto à linha limite?
Compreenderam e prometeram-me que iriam levar este assunto a discussão com os superiores a fim de averiguar se realmente algo poderia ser melhorado.
Bom, só nos resta aguardar…e ter esperança que existem seres que se preocupem com ambiente de verdade.
Chega de brincarmos com algo muito sério!
A preservação do Ambiente não pode ser simplesmente um método usado para angariar receitas. Tem que ser respeitado e levado a sério ou então estamos todos a brincar com o nosso futuro e o dos nossos descendentes.

Natália Vieira
2005-07-30

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A história de Kluto – Capítulo I

Kluto estava deitado na carrinha que o transportava à SPAD.
Tinha sido recolhido das ruas, sua recente casa.
Sua cabeça estava deitada sobre as patas e seus olhos vagueavam pelas suas recordações.
Sabia que se chamava Kluto, tinha sido esse o nome dado pelos seus ex donos.
Como poderia esquecer-se!
Crescera numa casa com um casal e uma criança e tinha sido muito feliz.
Foram os melhores anos da sua vida, recordava com a humidade a invadir-lhe os olhos.
Foi arrancado dos seus pensamentos pelo solavanco bruto que a carrinha deu ao passar num buraco.
Todos os cães dentro do carro ganiram, menos ele, a dor já nada significava para ele.
Viveu dois anos nessa casa com essa criança e os seus pais.
Brincavam todos os dias, tinha os seus próprios brinquedos, boa comida e uma caminha muito boa.
Até que um dia, sentiu que o seu amigo estava a afastar-se.
Via-o com os amigos, num quarto na frente de uma caixa que só agora sabia que era o computador, deixando-o só.
Começou a sentir-se um intruso. Já não o levavam a passear, já não o acarinhavam como antes.
Eram constantes as frases chateadas de seus donos: “só sabes fazer porcaria” ou “sai daqui vai para casa”.
Que queriam eles? Nunca ninguém o ensinara o que devia fazer com a sua porcaria?
Um dia, ficou muito feliz. Parecia que tudo iria voltar ao normal.
Colocaram-no dentro do carro, só que o seu amigo mais novo não ia, ficara em frente da televisão.
Achou isso um pouco estranho mas, logo esqueceu, ia passear novamente!
Andaram por um tempo e depois saíram todos numa zona campal.
Que bom, poderia correr! Que saudades!
Correu, ladrou, mas...quando se voltou...seus donos tinham ido embora!
Na altura, recorda-se, que uma confusão tremenda ocupara a sua mente, até compreender depois, que fora abandonado.
Os tempos que se seguiram, nem os queria recordar.
A fome, o frio os pontapés que levava dos transeuntes até a dor da solidão, parece que tinham coberto todos os pouco momentos felizes que passara.
Mas, o que mais o magoava, era a indiferença de todos os que por ele passavam.
Mesmo que não o magoassem fisicamente, faziam-no com o olhar.
As cicatrizes no seu corpo, demonstravam a dureza das ruas, mas a ferida maior, essa estava no seu coração.
Aquele Homem, que um dia o amara, hoje odiava-o.
Por mais que tentasse, não entendia essa espécie, tão confusa no que diz respeito ao sentimentos!
A carrinha parou. Sabia que tinham chegado.
Os latidos de revolta eram ensurdecedores e inconfundíveis, era a SPAD.
O nome do terror de todos os cães de rua!!
Lá fora, chamavam-na de SPADI, (sociedade para abate de intrusos), pois era lá que eram depositados para não incomodarem mais ninguém.
Um homem retirava todos os cães um a um do carro.
Kluto apresentou-se sem luta e permitiu que o levassem para o interior.
Mesmo que quisesse fugir, não conseguiria pois a sua pata traseira magoava-lhe imenso e não conseguia colocá-la no chão.
Uma senhora com ar bondoso pegou-o no colo e levou-o para um quarto colocando-o em cima de uma mesa fria.
Estava preparado, sabia que o seu fim tinha chegado, mas, até nem se importava pois estava cansado...muito cansado...
Um homem de bata branca veio tocar-lhe na pata.
Viu-o abanar a cabeça e dizer para a senhora “É partida, nada a fazer.”
A senhora afastou-se e Kluto descansou a cabeça na mesa fria.
Viu-a aproximar-se com algo na mão.
Mas, foi com surpresa que viu-a com lágrimas nos olhos. Tentou abanar o rabo, mas ela baixou a cabeça e deitou uma lágrima.
Não valia a pena, sabia-o, a senhora tinha ordens.
Uma picada fez-lhe sentir o fim.
Deixou-se deitar e esperou.
Pelo menos uma coisa tinha apreendido hoje, que nem todos os Homens estavam condenados, e que ainda existia amor pelos animais dentro de alguns. Os olhos daquela senhora tinham-lhe dito.
Talvez os seus compatriotas tivessem mais sorte do que ele, assim o desejava.
A sonolência estava a começar a dominá-lo e as recordações a falhar...
Para onde iria agora?

Fim

Natália Vieira

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A História do Kluto é...

Uma história como muitas outras, parecida, melhor, pior, com um final mais trágico ou mais feliz, mas comum.
O meu objectivo ao escrever esta curta história, é tocar um pouco no coração de todos nós para não nos esquecermos, que também os animais sofrem.
Do ponto de vista da biologia, um ser vivo é todo aquele que tem constituição celular, cresce e desenvolve-se, responde a estímulos do meio e reproduz-se (com excepção de certos seres vivos), logo deixemos o egocentrismo de parte e vamos lá iniciar um trabalho a valer.
É lamentável este tipo de “briguinhas” como as que estão a acontecer entre a Câmara Municipal do Funchal e a SPAD!!
Organizem-se!
Estão animais pendentes das vossas atitudes!
Existem mentalidades para serem trabalhadas nesse campo e esta é a parte mais difícil!
Não se pense que a forma errada de lidar com animais de rua provém somente das classes mais baixas, errado!
Cenas de famílias que vão com os seus filhos e ao passarem por esses animais afastem-se como se de um poço de bactérias se tratasse;
Donos de cães de raças que enxotem estupidamente cães rafeiros para deixarem os seus passar.
Tudo isto são cenas de

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Foi com lágrimas a sair dos olhos que vi e senti o último suspiro dos dois gatinhos.
Tinham poucas semanas de vida e foram encontrados dentro de uma saca, DENTRO DE UMA SACA, na Estrada do Garajau.
Trouxeram para a minha casa para ver se ainda tinham hipóteses. Um já tinha morrido e os outros para lá caminhavam.
Quando cá chegaram, já estavam a dar o último suspiro e nem tive tempo de os levar à SPAD para salvá-los.
Uma onda de raiva e de revolta dominou todo o meu íntimo.
Como podem, pessoas, que se designam Humanos, fazerem uma coisa destas?!
Como entender esta mentalidade deste povo que se diz superior?
Superior onde? Em cimento? Em arrogância? Em estética?
Como fazer este povo entender que os animais devem e têm de ser respeitados!
Como fazer este povo evoluir e entender que evolução não é só trocar a perna num café e passear o seu belo exemplar de quatro rodas!
Sábado passado, estava eu na SPAD, quando vi uma senhora alemã chegar com um cão enorme e magríssimo.
Logo, foi-me explicado que esse cão tinha DESMAIADO em frente do carro da turista, no Curral das Freiras, de fome e desespero.
A senhora, trouxe-o à SPAD e prontificou-se a levá-lo para a Alemanha.
O cão é de caça e é só ossos!
Pessoalmente, não gosto do que os caçadores fazem. E, tratando-se de caçadores que fazem isto aos seus animais muito menos ainda.
A SPAD tem um outro cão, que foi roubado do seu dono e foi encontrado com o pescoço totalmente cortado por uma fita cortante. Hoje, felizmente, encontrou o seu dono e está a recuperar na SPAD.
São inúmeras as histórias que se ouvem e que se “engolem”, perante a passividade das autoridades desta Ilha!
Existem suspeitas de caçadores que colocam os seus cães à fome para caçarem melhor, uns que envenenam os cães de outros, pessoas que matam e abandonam animais, pessoas sem escrúpulos utilizam, cães potencialmente perigosos, para lutas de animais...
Amar os animais e tudo o que da Natureza faz parte, isso sim é uma grande evolução tudo o resto é ilusão.


Natália Vieira

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Sou uma democrática, logo, acho que todos têm direito à sua opinião, e respeito.
Não considero, que aqui na Madeira, todos os que, até agora, escreveram em defesa dos animais, sejam fanáticos pela causa.
Vejo muito fanatismo, mas infelizmente, esse fanatismo não está direccionado para os animais.
Acontece que, as pessoas não estavam habituadas a ouvirem ou a lerem sobre os direitos dos animais e isso vê-se no dia a dia.
Não sou, nem nunca fui, defensora do fanatismo, sou sim, defensora do equilíbrio e do que é justo.
Se a questão é o porque de se protegerem animais, quando ainda os seres humanos sofrem.
A resposta é: Equilíbrio.
Todo o humano, que tem um “coração” digno, consegue defender todas as causas, sejam elas em prol dos da sua espécie ou de outras.
Em relação à forma como são tratados determinados seres humanos, e como sou defensora da esterilização animal, também acho, que muitas mulheres e homens deveriam se auto esterilizar, por não terem capacidade psicológica para colocarem filhos no Mundo.
Em relação às peles, às touradas, às matanças de porcos(...), acho que a tendência deveria ser para evoluirmos, certo?
Se na pré-história o Homem caçava, era única e exclusivamente para a sua sobrevivência.
Com a tecnologia e os meios que possuímos actualmente, não há necessidade de matar animais só pelo prazer de os ver morrer e sofrer, para manter tradições, ou pela vaidade de usar uma pele.
Se isto ainda acontece no Sec.XXI, então, muitas mentes não evoluírem e fazem questão de manter a sua parte selvagem, prejudicando o animal racional e o irracional.
Abaixo, alguns sites com vídeos que os leitores podem e devem consultar.
Se, no final, não sentirem no mínimo, revolta ou tristeza, então, não têm nem sensibilidade, nem inteligência para entenderem quem dá voz activa aos direitos dos animais.
http://www.animal.org.pt/
http://videos.sapo.pt/z8VbvZdNQvzMz8zBk5fM
http://www.strasbourgcurieux.com/fourrure/
http://www.peta.org/feat-manoletemovie.asp
http://www.peta.org/

Natália Vieira

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Na última carta que escrevi sobre os animais sugeri, que todas as Câmaras da Região financiassem a SPAD para uma campanha de laqueação gratuita de gatos e cães aberta a toda a população.
Quando li a reportagem do Diário de Notícias de hoje, não pude deixar de ficar ainda mais preocupada com o facto de grande número dos animais de estão na SPAD terem que ser abatidos, caso a Câmara Municipal do Funchal não pague as suas dívidas a esta instituição.
È lamentável! Parece digno de terceiro mundo!!!
Vou usar este espaço para apelar a todos os Madeirenses que gostem e se preocupem com os animais que ajudem a SPAD a ultrapassar esta má fase.
Que contribuem com o que puderem dar para evitar o sofrimento destes animais.
A todas as famílias que adoptem um animal pois eles conseguem ser grandes amigos e companheiros na nossa vida.
Às empresas, apelo também, que contribuem e que acima de tudo, que dêem o grande exemplo a todos os responsáveis desta Câmara que estão a demonstrar uma grande falta de carácter no exemplo dado à população.
Não é a primeira vez, que ao falar com estrangeiros sinto vergonha quando me perguntem o porquê de tantos animais abandonados e maltratados.
Não estamos a dar uma boa imagem às nossas crianças e aos nossos turistas!
Apelo a todas as empresas ligadas ao turismo, que pressionem as Câmaras para encontrarem soluções conjuntas para a resolução deste problema.
Agora, uma solução a longo prazo é a de CONTRIBUIR PARA UMA LAQUEAÇÃO DE CADELAS E GATAS GRATUÍTAMENTE PARA TODA A POPULAÇÃO E UMA LEI MAIS RIGOROSA.
É um grande custo, é verdade, mas é uma atitude digna e que se for feita em conjunto custará muito menos.
Vamos todos abandonar esta mentalidade mesquinha e começar a resolver verdadeiros problemas.
Está na hora dos madeirenses começarem a demonstrar que os animais fazem parte da Pérola do Atlântico, e que governar é também preocupar-se com estas situações.
Este é um problema grave que diz respeito a todos nós, madeirenses em geral.
Vamos lá actuar!

Natália Vieira

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Fui abandonada à nascença por ser uma fêmea, logo não tenho nome.
Nunca conheci um carinho, pois sempre fui tratada à pancada e ao insulto.
Sou nova mas, tenho a noção que estou com um aspecto desagradável pois tenho pulgas e algumas cicatrizes.
Sonho em ser adoptada por alguém que se apaixone por mim, independentemente do meu aspecto, que me dê um banho quente e cheiroso e uma refeição decente, sem serem os restos mal cheirosos do lixo que tenho que engolir diariamente.
Sonho, poder ir para uma casa, onde esteja protegida dos outros cães e dos humanos, onde possa brincar, pular e receber mimos da família.
Enfim…sonhos impossíveis…mas os únicos que ainda me ajudem a ultrapassar os meus negros dias.
Agora tenho outro dilema. Estou grávida!
Sei que desta barriga, irão sair uns poucos de filhotes e nem tenho dormido de preocupação!!
Gostaria que estes meus filhotes não tivessem o mesmo futuro do que eu, mas não sei o que fazer para evitar isso.
Procuro constantemente um lugar para poder trazê-los ao mundo em segurança, mas todos parecem-me inseguros e frágeis.
Num dia destes, passei num jardim onde estavam a desfilar muitos cães e pessoas.
Parecia-me uma espécie de concurso qualquer.
Os cães, todos penteados e cheirosos, recebiam mimos e atenção de todos.
Deitada debaixo de uma planta, tentando passar despercebida, sonhava que também desfilava naquela passerelle e recebia mimos e elogios de todos.
Mas, suja e grávida, ninguém reparava em mim.
Senti inveja.
A única coisa que recebi foi um olhar de uma criança, que logo foi recriminada e afastada pelos pais, com olhares de repugnância.
Não pude, perante tanta frieza e desprezo, evitar que lágrimas me corressem sobre o pelo da cara.
Quem me dera morrer!!
Isso terminaria todo este sofrimento!
Pelo que aprendi da vida, os humanos não amam de verdade! Amam as raças, as imagens, as modas!
Aquilo que aqui vejo é só imagem, só luxo!
Fico triste por eles e pelo futuro dos animais nesta Ilha.
Vou-me embora, tenho comida para procurar...

Natália Vieira

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Por mais vontade que muitos de nós tenhamos, resolver o problema dos animais abandonados não será fácil, nem estou a ver no horizonte nenhuma luz de esperança.
Não gosto de canis.
Acho que devemos prender um cão entre jaulas só em ultimas circunstâncias.
Logo, sou defensora que para iniciarmos uma luta racional, devemos começar agora a lançar projectos que possam ter resultados positivos amanhã.
Sendo assim é urgente criar um elo de união entre todos, que centralize todo o interesse na mesma direcção: o bem estar dos Animais.
Como amiga e defensora dos animais, utilizo este espaço para fazer uma sugestão, um apelo, um desafio.
Sugiro que todas as Clínicas Veterinárias da Madeira e a SPAD se unem para fazer uma campanha de esterilização gratuita aos cães e gatos da RAM.
Que se abram contas bancárias, em vários bancos, para que os madeirenses e os estrangeiros, possam colaborar monetariamente para com esses custos de esterilização.
Esterilizem os animais e posteriormente devolvam os mesmos à rua com uma identificação de como estão esterilizados.
Em virtude dos canis existentes na SPAD estarem lotados, esta era a única solução viável.
Incluem nessa campanha, os animais de famílias que embora gostem de animais não podem desembolsar dinheiro para esses fins.
Acredito seriamente que uma campanha deste género, iria reduzir drasticamente o nascimento de cães e gatos na nossa ilha e iria aumentar o número de adopções.
Sei que para levar um projecto destes para a frente, os custos são elevados mas tenho a certeza que com uma boa campanha, muita força de vontade e querer, iríamos conseguir resultados espantosos.
Existe muita gente que gosta e se preocupa com os animais e de certeza que voluntariado não iria faltar.

Natália Vieira

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Dia do Animal – 4 de Outubro

“Enquanto não amamos um animal, uma parte da nossa alma permanecerá adormecida.”
(Anatole France)

“Chegará o dia em que o homem conhecerá o íntimo dos animais. Nesse dia um crime contra um animal será considerado um crime contra a própria humanidade.”
(Leonado Da Vinci)

“Sê a mudança que queres ver no Mundo”
(Mahatma Ghandi)

“Entre a brutalidade para com o Animal e a crueldade para com o Homem, há só uma diferença: a vítima.”
(Alphonse de Lamartine)

“A grandeza de uma nação e o seu progresso moral, podem ser avaliados pela forma como tratam os seus animais”
(Mahatma Ghandi)

"A compaixão para com os animais, é uma das mais nobres virtudes da natureza humana"
(Charles Darwin 1809-1882)

" Sinto pena de mulheres que continuam a comprar casacos de peles, pois nelas faltam dois dos mais importantes requisitos para uma mulher: coração e sensibilidade".
(Jayne Meadows -Actriz)

" O animal selvagem e cruel não é aquele que está atrás das grades. É o que está na frente delas."
(Axel Munthe)

"A protecção dos animais faz parte da moral e da cultura dos povos."
(Victor Hugo)

“A compaixão pelos animais está intimamente ligada a bondade de carácter, e pode
ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom
homem.”
(Arthur Schopenhauer)

“Se você fala com os animais eles falarão com você e vocês conhecerão um ao outro. Se não falar com eles você não os conhecerá, e o que você não conhece você temerá. E aquilo que tememos, destruímos.”
(Chefe dan George -Índio norte americano)

Amar os Animais, em geral, é algo que enche todo o meu íntimo de orgulho e satisfação.
Viver sem a presença deles é uma imagem triste e impensável.
Continuar a erguer a minha voz perante a violência e as injustiças que se praticam para com estes seres, é um dos meus Objectivos.
Imaginar que este povo, um dia, olhará e cuidará dos Animais com mais dignidade e carinho, é um dos meus Sonhos.
Acreditar, a continuidade da minha Esperança.
Cuidar e lutar, o meu dia a dia.


Natália Vieira
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SPAD
Data: 01-12-2008 Comentários: 0


Como ocupantes deste Planeta, temos a obrigação, o direito e o dever de aceitar os pontos de vista, sujeitá-los a análises, a observações e a concordar ou não com eles, certo? Realmente, esta sociedade hipócrita leva a SPAD a eutanasiar animais. Agora a questão é a seguinte: porque aceita a SPAD e porque aceitam os veterinários da SPAD, esta tão ingrata tarefa? Será a solução simplesmente matar? Será a solução simplesmente fazer o que os outros querem? E tudo isto? Em que vos transforma? Durante quantos anos andou e andará a SPAD a eutanasiar animais sem ir ao início do problema, ao núcleo da solução? O que é que fizeram até hoje para diminuir esse número? O que fizeram as porcarias das Direcções desta Associação, durante estes anos todos, a não ser criar a grande dívida desta Associação que, actualmente, ronda os 400.000,00€? Todos sabemos que, com uma dívida deste montante, muito dificilmente a SPAD irá conseguir fazer algo em prol dos animais. Mas, a solução NUNCA PODERÁ PASSAR PELO AUMENTO DO NÚMERO DE EUTANÁSIAS! De tudo o que foi escrito, o que ainda não foi explicado é o seguinte: IRÁ OU NÃO A SPAD FAZER A "LIMPEZA" DE CÃES E GATOS DAS RUAS DA RAM, EM TROCA DE UNS TROCADOS DAS CÂMARAS? Para mim, não precisam de explicar pois tenho a certeza que sim. Neste momento a SPAD está a abrir as portas, para agradar a gregos e a troianos, a mais de 250 animais/mês e a eutanasiar o mesmo número, mensalmente.

Desculpem mas, para mim, eutanasiar 250 a 300 animais mês, numa Ilha deste tamanho, é terrível! Pessoas como eu têm uma grande desvantagem: estão sós! Muitas são as palmadas nas costas e as mensagens, mas os "ditos cujos" no seu devido lugar, para falar sobre o assunto e para enfrentar os hipócritas da sociedade, isso falta.

E, enquanto isso faltar, vamos tendo os vencedores que vemos no dia-a-dia. Quem sofre? Os mais fracos e neste caso os animais.

O vosso resultado final, daqui a bem pouco tempo, serão as ruas mais limpas de animais indesejados, receberão uma estatueta qualquer do Governo por esse grande feito e todos, incluindo a sociedade, ficarão felizes! O meu caminho e o de muitos levará muitos mais anos e provavelmente nunca será reconhecido mas, no final, valorizará a Humanidade.

APELO A TODOS OS QUE REALMENTE SENTEM ALGO PELA VIDA, QUE NÃO ABANDONEM OS VOSSOS ANIMAIS POIS SE O FIZEREM ESTÃO A CONDENÁ-LOS À MORTE.

Se assim o fizerem, que isso vos pese na consciência, se a tiverem.


Natália Vieira

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SPAD e eutanásia
Data: 21-11-2008 Comentários: 0


Quando entrei para a SPAD, ia completamente "iludida". Tinha ideias, projectos… resumindo, estava entusiasmadíssima! Mas logo todos esses sonhos foram dados como "indesejados" e decidi sair.

Enquanto lá estive, sempre duvidei do acto de as Câmaras darem dinheiro à SPAD e temi esse dia.

Quando li a notícia no DN do dia 16 de Novembro, fiquei muito preocupada. Temo a forma como esses protocolos irão ser elaborados. Sabendo que, neste momento, o número de eutanásias já é enorme, dei-me comigo a imaginar o que irá acontecer, agora que as restantes Câmaras irão dar dinheiro à SPAD! É claro que as Câmaras irão exigir à SPAD que vá recolher todos os animais que andem nas ruas! ISTO É MUITO TRISTE E PERIGOSO! É neste tipo de associação que querem que a SPAD se transforme? Num Canil a mando das Câmaras?! Para ajudarmos os animais de rua temos que encará-los como seres que precisem de ajuda e não fazer o que a SPAD está neste momento a fazer que é: animal abandonado e a precisar de cuidados médicos = animal a eutanasiar?! Uma outra coisa que me está a confundir é: como é que irão canalizar estes dinheiros para esterilizações quando preferem eutanasiar os animais abandonados e sem dono a vê-los na rua? Esquisito não? A questão das esterilizações é o passo mais importante a ser dado mas a força de vontade em redor é nula e isso eu própria presenciei. A eutanásia é a solução dos fracos e infelizmente, a que irá continuar a triunfar.

Se este protocolo, não for bem elaborado e não estiver ao alcance de todos os associados, eu deixarei de ser Associada da SPAD.

Canalizarei o meu pouco dinheiro para ajudar os animais que já ajudo e que já não são poucos. Hoje, tenho a certeza que a decisão que tomei em sair da SPAD, foi a mais acertada.

Se o meu sonho era trabalhar em benefício dos animais, "ricos" e "pobres", lá não poderia ficar.

Infelizmente, a SPAD está a igualar-se à sociedade, onde só os que podem e os que têm dinheiro é que têm direito à Vida. Não é nesta SPAD que acredito.

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Gratidão
Data: 05-10-2008 Comentários: 0


Começo por agradecer as palavras de apoio e de carinho que tenho recebido, após a minha saída da SPAD. Como em tudo na minha Vida, não é a quantidade, mas a sim qualidade desses gestos que me sensibilizam.

É muito gratificante sabermos que o nosso trabalho e a nossa presença foram e são importantes.

Muito obrigada! Continuando, gostaria de vos falar sobre o destino final de muitos dos animais abandonados.

Alguns, sortudos, são recolhidos das ruas e adoptados.

Outros conseguem adaptar-se à vida da rua.

Uma grande parte morre envenenada, sofrendo e agonizando de dor até à morte.

Outros são massacrados, com facadas, ácidos, enforcamentos, degolações, afogamentos… E… uma grande parte dá entrada na SPAD.

Nem todos os animais que entram na SPAD têm um final feliz e é muito importante que as pessoas metam isso na cabeça! A SPAD tem capacidade para 300 cães e 70 gatos! Entram, mensalmente, perto de 300 animais! São adoptados uma pequena percentagem desses animais! Se já lá estão 300 cães e perto de 70 gatos, não é difícil deduzir para onde vão os restantes… Diariamente, são efectuadas várias eutanásias na SPAD. Uns por estarem demasiado doentes e vítimas de maus tratos, outros por terem sido atropelados e outros, por falta de espaço.

Esta Associação não pode, nem deve, "limpar as ruas" para que políticos e parte da população "vivam felizes" no seu bem-estar hipócrita! Entre uma jaula e a morte, se me dessem a escolher, preferia a liberdade, mesmo sabendo que essa liberdade tinha um preço alto. É imprescindível que se inicie uma campanha de esterilizações na RAM, efectuada de porta a porta, para evitar mais ninhadas e mais abandonos futuros! AS EUTANÁSIAS SÃO NECESSÁRIAS MAS SÓ DEVEM SER EFECTUADAS EM CASOS EXTREMOS E NÃO PODEM, NEM DEVEM, SER A SOLUÇÃO! Para continuar esta luta, criei um blog com o nome: Amigos dos Animais e cujo endereço é: http://amigosdosanimaisnv.blogspot.com/ Participem, dêem as vossas opiniões, as vossas sugestões e contem as vossas histórias.

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Demissão da SPAD
Data: 23-09-2008 Comentários: 0


Desde o dia 17 de Setembro de 2008 deixei de fazer parte dos Órgãos Sociais da SPAD.

Pedi a minha demissão por motivos pessoais e por discordar com alguns membros da Direcção na forma como a SPAD estava a ser gerida em alguns pontos, para mim muito importantes e fundamentais.

Não concordo com a Direcção mas continuo a acreditar na Associação Protectora dos Animais Domésticos e continuo a acreditar na força de todos os Associados e é por isso que continuarei a ser uma Associada atenta e fiscalizadora de tudo o que se passar na SPAD.

A SPAD é de todos os Associados e todos os animais que lá estão são da nossa responsabilidade.

Ser Associado da SPAD não se limita simplesmente a pagar a quota para adquirir os descontos de sócios!

Estejam atentos, pesquisem, informem-se pois esse é o vosso dever e a vossa obrigação.

A SPAD continua a precisar do vosso apoio, por isso peço que continuem a apoiá-la, pois os animais que lá estão precisam muito de todos vós.

Deixo aqui umas palavras de apreço e de agradecimento a algumas pessoas, que sempre me apoiaram e continuam a me apoiar, encorajando-me e dando-me ainda mais força.

Um obrigada, do fundo do meu coração, à Susanne Mello, à Doris Mitchell e à Thelma Browpor tudo! Conhecer-vos e ter o vosso apoio, transformou-se, numa grande experiência de Vida!

Dentro da SPAD, o meu obrigada e o DESEJO DE MUITA FORÇA E CORAGEM, vão para aquelas pessoas que estão a ler esta carta e sabem muito bem quem são.

Fora da SPAD, os meus agradecimentos vão para todos os que, directa ou indirectamente, me apoiaram neste curto período de tempo enquanto tentei dar o meu melhor a esta Associação e a todos os animais: Ruy Benton, Xana Abreu, a minha família e muitos outros… Obrigada a todos!

Muito irão ouvir falar de mim, talvez até coisas menos dignas, mas isso não me preocupa pois quem me conhece, sabe perfeitamente tirar as suas próprias conclusões.

ABANDONEI UMA BATALHA MAS NUNCA ABANDONAREI A GUERRA!.

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Pedido de voluntários
Data: 01-09-2008 Comentários: 0


A SPAD desenvolveu uma campanha de recolha de alimentos, utensílios de limpeza e de tudo o que tenha a ver com o bem-estar animal, no Hiper Sá em São Martinho, durante os dias de sexta e sábado (29 e 30 de Agosto de 2008).

Agradecemos desde já a amabilidade do grupo Sá em nos proporcionar esta campanha e a todos os que contribuíram com esta Associação.

Infelizmente, e pedimos desculpas pelo sucedido, não conseguimos voluntários para estar na manhã do dia 30 na referida campanha.

Sendo assim, a SPAD decidiu criar uma lista de voluntários com quem possa contar futuramente para eventos de angariação de fundos, ajuda na manutenção da referida associação e que possa proporcionar carinho e atenção aos nossos animais.

Solicitamos a todos os interessados que se inscrevam nesta Associação, a partir de segunda-feira, 1 de Setembro de 2008, através do número de telefone 291 220 852, pedindo para contactar Pedro Gomes, ou através do e-mail: spadfnc@gmail.com.

Temos preferência por pessoas que compreendam a causa defendida pela SPAD e que têm uma grande vontade de lutar e vencer todos os obstáculos que esta Associação tem que ultrapassar diariamente.

Com esta lista, temos como objectivo evitar situações de escassez de voluntários no futuro e "libertar" um pouco os poucos voluntários que temos tido a nos apoiar e que, por motivos pessoais, nem sempre têm disponibilidade.

Ficamos a aguardar. Acreditamos que ainda poderemos ser muitos… Obrigada e um bem-haja a todos os que nos ajudem!.


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Sobre o amor
Data: 08-07-2008 Comentários: 0


Quando gostamos, amamos, deveríamos fazê-lo sem interesses ou objectivos.

Infelizmente, na maior parte das vezes, não é isto que acontece e o chamado "amor" só é "distribuído" pelos "genes de qualidade".

Banalizado por muitos, ignorado por outros, lá anda o solitário amor, navegando pelas ruelas da vida.

Mas, o Amor não está só. Ele tem uma amiga que com ele vagueia... a Esperança. Logo, enquanto o Amor e a Esperança por aí andarem, quero e posso acreditar no futuro da humanidade, e é nessa esperança que alimento o meu dia-a-dia.

Agora, quando é tão difícil o amor entre Humanos, o que esperar em relação aos restantes animais?!

Sempre fui da opinião de que quem não gosta de animais não é boa gente e de que uma criança que não é educada, amando e respeitando os animais, ficará limitada em matéria de valores humanos.

Gostar de animais é muito mais abrangente do que a maior parte julga.

Gostar de animais é acarinhar um animal de rua, carente de atenção sem sentir-se enojado com o seu aspecto!

Gostar de animais é olhar TODOS da mesma forma, seja ele como for!

Gostar de animais é tratar, com amor, as suas diversas feridas!

Gostar de animais é alimentá-los quando estão famintos e dar-lhes de beber quando têm sede!

Gostar de animais é prestar-lhes auxílio quando eles necessitam!

Gostar de animais é PERMITIR-LHES O DIREITO À VIDA E O SEU ESPAÇO JUNTO AOS HUMANOS!

Gostar de animais é lutar contra os que os maltratem! GOSTAR DE ANIMAIS É DIGNO E É SINÓNIMO DE GRANDEZA HUMANA! O Verão está a chegar, com ele as férias e o aumento do abandono de animais.

De um dia para o outro, os animais deixam de fazer parte da família e são colocados na rua sem dó nem piedade.

Gostaria de pedir, implorar, para que NÃO ABANDONEM OS VOSSOS ANIMAIS! Existem soluções, basta procurarem, pedindo ajuda a terceiros e quando voltarem, eles estarão lá, ansiosos à vossa espera, para vos encher de amor.

Dêem um espaço do vosso coração a um animal. Verão que a vossa Vida nunca mais será a mesma.


Natália Vieira
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Gato atropelado
Data: 30-05-2008 Comentários: 0


Para o ser insensível, ignorante e hipócrita que hoje, 19 de Maio de 2008, pelas 17h45m, atropelou, selvaticamente um gato em tons cinzentos, tipo "cavala", na Avenida das Madalenas, umas palavras: o gato que atropelou foi socorrido por mim, retirado do meio da Avenida, num sofrimentos horrível, foi levado para a SPAD, mas infelizmente morreu.

Foi com muita mágoa que tivemos que colocá-lo a "dormir". A pancada originou uma factura da coluna vertebral e uma hemorragia interna.

Pessoas como você, que atropelam animais e fogem do lugar sem no mínimo, prestarem auxílio, não merecem o ar que respiram! Quem faz isso a uma animal, faz a um humano! Para você e para os que, no seu trajecto impenetrável, sem tempo para nada, passaram por este animal, ignorando as voltas e os mios de agonia lançados, só desejo que nunca necessitem de ajuda! Segurei-o, fiquei toda coberta de sangue, assisti à sua agonia e chorei a sua partida.

Não o conhecia, mas senti! Não sei se tinha nome ou dono, mas morreu dignamente sem ser espezinhado por mais carros e sem ser olhado pela indiferença.

Que o vosso Deus, (se ele for assim tão justo como dizem), nunca se esqueça das vossas atitudes cobardes perante a vida, nesta vossa curta passagem por aqui! Espero que nunca sintam na pele o que é não ter ninguém que os socorra numa situação tão dramática como esta! Atropelar um animal, deixando-o agonizar até à morte é crime! Por escassos segundos, não consegui ver a matrícula do estúpido(a), porque se o conseguisse, garanto-vos, que iria até às últimas consequências para que pagasse pelo que fez.

Aproveito a oportunidade para alertar as entidades competentes, para a colocação de lombas naquela avenida.

Parece-me que a velocidade usada pelos "ases da estrada" na zona, é responsável pela morte de muitos gatos que sucumbem na Vetmedis.

Antes que suceda algo mais dramático, com a "raça superior", o Humano, aconselho-vos, seriamente, a olharem para esta situação.

Natália Vieira
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Pensar
Data: 01-05-2008 Comentários: 0

Considero pouco motivador, viver, seguindo ideologias criadas por grupos, sejam eles políticos, religiosos ou outros.

Acho muito mais interessante pensarmos e agirmos por nós próprios, pois só assim somos verdadeiros. Logo, uma vez mais, e para que não restam dúvidas, não pertenço, não faço parte, nem partilho das ideologias políticas das correntes políticas existentes na RAM.

Quando critico e quando elogio, é por iniciativa própria e não o faço para agradar a x ou a y.

Sou uma filha da Mãe Natureza, e a ela, só a ela, devo explicações das minhas normas de raciocínio.

O abandono e os maus tratos animais, é um problema diário da nossa Ilha.

Acontece que, como para tudo, o exemplo deveria vir de cima, o que não tem vindo a acontecer, pois os nossos políticos só se recordam de determinados problemas em épocas de eleições.

Infelizmente, e para desgraça dos animais, com eles, nem em época de eleições a classe política se recorda deles.

Ficar ofendidos e culparem o "Zé povinho", quando durante anos e anos nunca se dignaram a fazer nada em prol dos animais e da mudança de mentalidade duma população, é realmente muito pouco digno! Essa tarefa, que deveria ser partilhada por um todo, está a ser desempenhada por uma parte de pessoas que gostam de animais, com estrangeiros incluídos.

Esta gente luta no dia a dia, sem dinheiro, sem apoios e com uma bola de neve nas mãos, com um único interesse: o bem-estar animal.

Ofendidos? Então actuem e demonstrem que se preocupam com o assunto! A proibição de passagem de animais nos Reis Magos é absurda pois não irá mudar a mentalidade de quem não pratica as normas nem as leis!

Agora, se todas as Câmaras da RAM se unissem, ou independentemente, criassem um plano de consciencialização nas escolas, nas igrejas, na rua, levando assim a informação aos seus munícipes, aí sim, estariam a colaborar e a ajudar.

Mas, como os animais não votam, resta-nos aguardar, que alguém, que não pense como político mas que o seja, ajude a fazer algo.


Natália Vieira
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Cães nos Reis Magos (2)
Data: 21-04-2008 Comentários: 0

A atitude da Câmara Municipal de Santa Cruz, ao proibir a circulação de animais na praia dos Reis Magos, Promenade dos Reis Magos e agora por último no Cristo Rei, é ridícula e muito infeliz!

Questiono, se também estarão a pensar em colocar sinais de proibição, para a passagem de certos humanos nestas zonas?

Aconselho seriamente que assim o façam, para a segurança e higiene de toda a vida em redor.

Sugiro que, coloquem nas referidas zonas, sinais de proibição para os que, ignorantemente, urinam por todas as esquinas, para os que escarram pelas ruas e para os que utilizam as estas zonas para actos sexuais, deixando nas áreas os "vestígios plastificados" da acção, à espera de uma criança mais curiosa.

Sabem, nem os animais gostem de passear na zona do Cristo Rei! Dizem que aquela zona não é está digna e consideram, como únicos responsáveis, a Câmara e a Frente Mar, pela imundice e pelo abandono em que está aquela área, após as últimas eleições.

É muito fácil quando deixamos de olhar para os nossos erros não é? E, a forma mais eficaz de os camuflar é, na maioria das vezes punir os mais fracos, que neste caso são os animais.

O QUE PODEM FAZER, E ISSO É O CORRECTO, É FISCALIZAR E PUNIR OS DONOS DOS ANIMAIS que não limpam os dejectos dos mesmos, que não cumpram as normas estipuladas por lei, no que diz respeito ao transporte de animais na via pública em segurança e todos os que, cobardemente, maltratem e abandonem os animais nas ruas.

Existem várias áreas que podem trabalhar para evitar situações do tipo. Uma delas é o trabalhar as mentalidades e prepará-las, para tudo o que tenha a ver com o facto de ser detentor de um animal de estimação.

O que estão a fazer é simplesmente, o contribuir para o abandono de mais animais!

Quanto aos donos, aconselho que levem os seus animais a passear nestas zonas!

Cumprem todas as normas de segurança que a lei exige, limpem os dejectos dos vossos animais e nada mais poderá vos acontecer, pois não existe lei que proíba semelhante acto.


Natália Vieira
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Natália Vieira, Membro dos Órgãos Sociais da SPAD
Apoios para a SPAD
Data: 08-03-2008 Comentários: 0


Quando aceitei colaborar voluntariamente com a SPAD, foi única e exclusivamente a pensar no bem-estar animal. Sempre ajudei animais, contornando os problemas gerados por pessoas inconscientes que os maltratem e os abandonam.

Confesso que este terrível hábito dos portugueses que acham que o problema é sempre dos outros, é algo que não entendo! Ao fazermos parte de uma Sociedade e de uma população Mundial, somos, responsáveis, directa ou indirectamente por tudo o que nos rodeia.

A SPAD não é um "depósito" onde se colocam os animais, que de repente deixaram de ser "bonitinhos"! Somos uma Associação independente do Governo, sem fins lucrativos, com dívidas e custos diários.

Tenho, através deste espaço e de e-mails, pedido ajuda para uma campanha de esterilização gratuita.

O saldo dessa conta, até hoje, 29.02.2008, era somente de 165,00€! Imagino como estaria este saldo, se cada pessoa contribuísse somente com o valor de um café! As esterilizações a preço de custo variam, pois dependem do peso do animal. Todo o material usado, (seringas, compressas, anestesia, medicamentos…), têm de ser pagos ao fornecedor! Sem ajuda e por muita boa vontade que tenhamos… é difícil! Quando me dedico a algo é porque acredito na causa.

E acredito porque vejo as lágrimas de quem, a todo o custo tenta arranjar um espaço numa jaula para mais um recém-chegado.

Acredito porque vejo o esforço, de pessoas que a troco de nada, lutam para manter e salvar esta Associação.

Logo, enquanto acreditar, irei lutar em conseguir apoios para o nosso objectivo.

Chamem-me sonhadora, porque não? Mas não foram os grandes feitos frutos de simples sonhos? Termino com um agradecimento muito especial a todos os têm contribuído com a ajuda de bens e comida para os animais que estão alojados na SPAD, assim como a todos os que ajudam animais fora desta Associação.

Toda essa ajuda é muito importante para o nosso trabalho e para o bem-estar animal.

Um bem-haja para todos vós e muito obrigada!.


Natália Vieira
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Carta a Filomena
Data: 06-03-2008 Comentários: 0

Deixo aqui umas palavras à leitora Filomena Jouvrey, que tornou público a atitude hipócrita de alguns seres minúsculos em relação ao sofrimento de um cão.

É verdade minha senhora, no melhor pano cai a nódoa e, infelizmente, no que diz respeito aos animais, esta Pérola do Atlântico ainda tem muito para evoluir.

Já existem muitas pessoas que ajudam e que manifestam o seu desagrado perante determinadas situações, mas, muito caminho ainda temos por percorrer.

Tal como a leitora, muitos também choram e vêem-se de mãos atadas perante a passividade de uma grande parte da população assim como do nosso Governo que deveria ser o primeiro a dar o exemplo e não dá.

A ganância humana e a frieza perante a Natureza, atingiu contornos inadmissíveis nesta Ilha.

Um animal que sofre, uma paisagem "assassinada", são, aos olhos de muitos, temas demasiado insignificantes para serem discutidos e olhados no dia a dia deste povo.

Quem vê e sente, é, nos dias de hoje, olhado como "peça fora do baralho", logo, não se admire nem fique triste quando se riem de si. A quantidade, nunca significou qualidade! Não se preocupe em fazer parte da minoria: dos que sentem, dos que choram, dos que lamentam a atitude e a hipocrisia humana actual, pois está a ser verdadeira, humana e não uma peça trabalhada simplesmente para existir.

Não sei qual foi o desfecho da história, nem o que aconteceu ao cão, mas gostaria de lhe dizer a si e a toda a população em geral, que, perante situações deste tipo, contactem a Sociedade Protectora dos Animais (SPAD). Ajudaremos o animal e actuaremos perante as respectivas autoridades em relação a essa gentinha que foge às suas responsabilidades.

Quanto à nossa Ilha, procure, pois vai encontrar coisas boas. Só tem que ter muita paciência para excluir a muita lixeira que anda à tona.

Quanto à batalha, essa pode estar perdida, mas garanto-lhe que a guerra não está, e que existem pessoas que não vão baixar os braços e vão continuar a lutar em prol dos direitos dos animais.

Natália Vieira
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Colaborar com a SPAD
Data: 23-02-2008 Comentários: 0

Casos como o da Castanhinha surgem frequentemente na SPAD.

Esta Associação luta diariamente por dar as mínimas condições aos cães abandonados e maltratados por mãos sem escrúpulos.

Somos uma Associação que sobrevive dos sócios e dos donativos, logo, para que possamos continuar esta luta, precisamos de si! A SPAD está a organizar uma campanha de esterilização gratuita, a longo prazo, de animais vadios e de animais com donos de baixos recursos monetários.

Foi aberta uma conta bancária, própria para este fim, e todo o dinheiro que lá for depositado reverterá a favor deste objectivo.

Além desta conta existe a conta dos donativos normais que é usada para o funcionamento diário desta Associação.

Quem não tenha meios monetários para fazer esterilizações aos seus animais, poderá, após a apresentação de uma prova dos rendimentos, inscrever-se na SPAD.

A SPAD encarregar-se-á de recolher, sempre que o saldo da conta o permitir, animais vadios e de fazer a respectiva esterilização dos mesmos, devolvendo-os posteriormente à rua e à liberdade.

Para isso, e como todos devem calcular, necessitamos do apoio de toda a população em geral, incluindo das nossas Empresas e do Governo Regional.

Após fazerem prova do Depósito bancário na conta, quem assim o desejar, receberá o respectivo recibo do donativo para efeitos fiscais.

A conta disponível para o projecto de esterilizações tem o NIB nº 000700000026598893923-BES.

A conta normal para os donativos tem o NIB nº 000702430087633000291-BES.

Estamos também a dar uma hipótese a todos os sócios, com quotas em atraso, a possibilidade de voltarem para a SPAD. Para isso, resolvemos "perdoar" todas as quotas em atraso de anos anteriores ficando só em pagamento a quota referente ao ano de 2007 e do ano corrente, 2008. É uma grande oportunidade de todos voltarem a nos apoiar e a fazer parte do dia a dia desta Associação.
Precisamos de si!
Colabore connosco!
Ajude-nos a ajudar!
Os animais são e deverão ser sempre a nossa prioridade!.

Natália Vieira
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Esterilização de animais
Data: 17-02-2008 Comentários: 0

A SPAD está a organizar uma campanha de esterilização gratuita, a longo prazo, de animais vadios e de animais com donos de baixos recursos monetários.

Foi aberta uma conta bancária, própria para este fim, e todo o dinheiro que lá for depositado reverterá a favor deste objectivo.

Todas as pessoas que possuam animais que não estejam esterilizados e que não possuem meios monetários para o fazer, poderão, após a apresentação de uma prova dos rendimentos, inscreverem-se na SPAD, ficando assim em lista de espe-ra.

A SPAD encarregar-se-á de recolher, sempre que o saldo da conta o permitir, animais vadios e de fazer a respectiva esterilização dos mesmos, devolvendo-os posteriormente à rua e à liberdade.

Todos os animais, após a esterilização, ficarão com uma identificação desta Associação.

Com este projecto, temos a esperança de diminuir o número de animais abandonados, tanto ao nível dos adultos como das ninhadas.

Será estipulada uma data para comunicar publicamente o número de esterilizações e o montante gasto num determinado período de tempo.

Para isso, e como todos devem calcular, necessitamos do apoio de toda a população em geral, incluindo das nossas Empresas e do Governo Regional.

Após fazerem prova do Depósito bancário na conta, quem assim o desejar, receberá o respectivo recibo do donativo para efeitos fiscais.

A conta disponível para este projecto tem o NIB nº 0007000000265988939 23- BES.

É um projecto de sonho, mas, para que esse sonho se concretize, precisamos da vossa ajuda.

Estamos também a dar uma hipótese a todos os sócios, com quotas em atraso, a possibilidade de voltarem para a SPAD. Para isso, resolvemos "perdoar" todas as quotas em atraso de anos anteriores ficando só em pagamento a quota referente ao ano de 2007 e do ano corrente, 2008.

É uma grande oportunidade de todos os amigos dos animais voltarem a nos apoiar e a fazer parte do dia a dia desta Associação.

Precisamos de si! Colabore connosco! Os animais são e deverão ser sempre a nossa prioridade!.

Natália Vieira
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Desratização
Data: 02-02-2008 Comentários: 0

Foi com preocupação que li a notícia do DN do dia 26 de Janeiro sobre a campanha de desratização que o Governo Regional está a preparar para esta ilha. Questiono-me, se alguém já pensou no perigo que este acto simboliza para todas as crianças e para todos os animais. JOGAR VENENOS PARA RIBEIRAS E VÁRIOS TERRENOS É PRÉ-HISTÓRICO! Actualmente, já existem várias empresas que combatem todo o tipo de pragas e que utilizam métodos mais modernos que não constituem perigos para a população nem para os animais. Preocupa-me imenso, pois sei que serão imensos os envenenamentos de animais, principalmente de cães e gatos vadios.

Sabemos que é muito fácil adquirir venenos, sem que ninguém faça nenhum controlo sobre isso.

Hoje, qualquer pessoa pode colocar venenos nos seus terrenos e esse acto já é responsável pelo envenenamento de cães e gatos que ficam sem hipóteses de sobrevivência pois não existem antídotos para os raticidas.

As próprias Câmaras, num acto desumano, infestam constantemente os passeios e as bermas das estradas com venenos para queimarem as ervas, sem terem o mínimo cuidado de alertarem a população para este acto.

Tenho por hábito passear os meus cães no Caniço de Baixo e todos nós sabemos que os animais adoram comer ervinhas ou cheirá-las. Se não tivesse visto um dos homens da Câmara a espalhar o veneno, como poderia ter evitado um acidente com os meus cães? Este é só um exemplo da falta de dignidade e de cuidado que as entidades governamentais têm quando lidam com venenos.

Penso que todos nós deveríamos reflectir se espalhar toneladas de raticidas por todos os cantos, aguardando uma criança mais curiosa ou um animal esfomeado, é a forma mais correcta de resolver este problema.

Aconselho a todos os pais e donos de animais que se manifestem contra esta situação! Exijam, pois está no vosso direito, que se pratiquem actos do género com a máxima segurança! O dinheiro é nosso e só a nós cabe decidir se é viável colocar a vida de pessoas e animais em risco.

Natália Vieira
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Tradição cruel
Data: 04-01-2008 Comentários: 0

A matança do porco é uma tradição cruel que infelizmente é habitual em muitas zonas do nosso País, sendo praticada de forma ILEGAL.

Tal como disse a Lucília, não fomos nós que inventámos a Lei, ela existe em toda a União Europeia, ou será que esta última só é lembrada para os subsídios chorudos?! Ninguém está a questionar quem é a favor ou quem é contra esta forma macabra de matar animais para consumo próprio! ESTÁ-SE A AFIRMAR QUE É ILEGAL MATAR ANIMAIS DESTA FORMA.

Mas, uma vez mais, tudo o que está na lei é só para estar no papel, pois falta-nos a coragem de a colocar em prática.

Nós Portugueses, no geral, temos um péssimo hábito de ignorarmos as normas e as leis pois consideramo-nos demasiado espertos para sermos submetidos às mesmas. Se formos para outros países, e isso nota-se até nos nossos emigrantes, aceitamos as leis existentes, sem questionar ou reclamar, mas em Portugal, somos os indomáveis e impor determinadas leis é, aos olhos de muitos, inadmissível.

Na Madeira, então nem se fala! É a Ilha maravilha! A Ilha onde basta um sangue azul, um traseiro mais chorudo ou até um feitio de lambe-botas e todas as portas e portões abrem-se majestosamente! É, sem margem para dúvida, o paraíso perfeito para muitos que por aí andam.

Depois, andamos por aí a nos lamentar que estamos na "cauda da Europa" e que não evoluímos por culpa disto ou daquilo sem olharmos para nós próprios e vermos que também somos culpados.

Todo o animal para consumo deve ser abatido num matadouro, com as devidas normas de higiene e de dignidade para o próprio animal. Queiramos ou não, isso é algo que tem que começar a mudar na nossa mentalidade a curto ou a longo prazo.

Compete à Direcção Regional de Agricultura, na RAM, assegurar a fiscalização do cumprimento das normas e isso não está a ser feito! A questão aqui não é quem consome carne ou deixa de consumir carne! É a forma como matam os animais para os consumirem! Deveríamos estar a evoluir e não a insistir em tradições que nos fazem regredir!.

Natália Vieira
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Ainda a morte do porco na TV
Data: 28-12-2007 Comentários: 0

Deixo aqui a minha repugnância à atitude da RTM ao transmitir, no programa da D. Maria Aurora, no dia 20 de Dezembro, a Matança do Porco!
Lamentável, Sr. Director Leonel de Freitas!
Está a tentar seguir os exemplos negativos, dados pela RTP, ao transmitir Touradas em directo!
Admiro o trabalho desenvolvido pela D. Maria Aurora, agora, não posso deixar de criticar e condenar a atitude da senhora ao transmitir este espectáculo macabro!
Não sabem que a MATANÇA DO PORCO É ILEGAL?
Não sabem que todo o animal para consumo deve ser abatido num matador? Onde está a Direcção Regional de Agricultura, que é o organismo responsável pela fiscalização destes casos?
Andam a dormir ou simplesmente não se querem envolver por motivos políticos?
A questão aqui não é o ritual da Matança do Porco! É a forma como matam o porco!
Já que não conseguem viver sem isso, levem o desgraçado do porco ao matadouro, deixem o pobre bicho morrer com dignidade e depois, então, façam lá a vossa festa!
Para além das matanças privadas agora temos as matanças públicas, em adros de igrejas, tipo Coliseus de Roma, para os famintos de sangue se divertirem.

Por favor, tenham juízo! Não têm mais nada para se entreterem?
Para todos os que continuarem, ilegalmente, a PARTICIPAR e a PERMITIR que estes massacres animais continuem, desejo-vos uma vida com toda a dignidade e sofrimento, idênticos ao que oferecem a todos esses animais.

"Esse direito - o de matar um veado ou uma vaca - nos parece natural porque nós estamos no alto da hierarquia. Mas bastaria que um terceiro entrasse no jogo, por exemplo, um visitante de outro planeta a quem Deus tivesse dito: tu reinarás sobre as criaturas de todas as outras estrelas, para que toda a evidência do Génese fosse posta em dúvida. O homem atrelado à carroça de um marciano - ou eventualmente grelhado no espeto por um visitante da Via-Láctea - talvez se lembrasse da costeleta de vitela que tinha o hábito de cortar em seu prato. Pediria (tarde de mais) desculpas à vaca." (Milan Kundera).

Natália Vieira
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Peles
Data: 15-12-2007 Comentários: 0

Como primeira responsável, pelo grande tema de debate neste espaço, sobre o uso de peles verdadeiras, deixo aqui umas palavras. Tenho seguido atentamente as cartas de leitores que têm saído, e mantive-me quieta, analisando e retirando o que delas saíam de bom e de mau.

Gostei de ver, que o número de pessoas que amam os animais e que ajudem na sua defesa, tem vindo a aumentar e isso é EXCELENTE! Gostaria no entanto, de deixar uma pequena mensagem a todos os defensores de animais.

Não somos o suficiente, é verdade, mas somos bons! Sempre existiram e irão continuar a existir, "mentes da Idade da Pedra".

Essas mentes, recusam-se a evoluir e a entender que na Vida, neste Mundo, todos os seres vivos têm direito à partilha deste Planeta.

Essas mentes, custam a entender, que se existisse o Deus que eles tanto apregoam, de certeza que não incentivaria ao martírio de animais, pois todos deveriam ser criaturas de Deus.

O espaço das cartas de leitores, aos olhos de muitos, é insignificante, mesquinho e só é utilizado por pessoas "de nível baixo", que gostem de denegrir a imagem de outros por inveja.

A questão é que ninguém fica indiferente a este espaço e todos os lêem, logo... todos diferentes mas todos iguais.

Sendo assim, gostaria de pedir a todos os amantes de animais, que não usassem este espaço para troca de insultos e ofensas. Se o fizerem, podem estar a contribuir para que o nosso trabalho em prol dos animais não seja respeitado.

Deixemos, e porque vivemos em Democracia, os menos afortunados psicologicamente, colocarem as suas barbaridades e as suas opiniões retrogradas, pois é assim que eles se sentem importantes.

Se eles concordam ou não com a venda de peles verdadeiras, não nos interessa! O que importa é que estejamos atentos e que façamos chegar à opinião pública e às autoridades, todas as lojas deste género, todas as situações de maus tratos de animais e todas as outras que beneficiem os negócios negros e macabros da exploração animal.

Escrevam, isso incomoda.

Natália Vieira
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Vejam os vídeos para perceberem
Data: 06-12-2007 Comentários: 0

Sou uma democrata, logo acho que todos têm direito à sua opinião e respeito.

Não considero que aqui na Madeira todos os que, até agora, escreveram em defesa dos animais, sejam fanáticos pela causa. Vejo muito fanatismo, mas infelizmente esse fanatismo não está direccionado para o bem dos animais.

Acontece que as pessoas não estavam habituadas a ouvirem ou a lerem sobre os direitos dos animais, e isso vê-se no dia-a-dia.

Não sou, nem nunca fui, defensora do fanatismo, sou, sim, defensora do equilíbrio e do que é justo.

Se a questão é o porquê de se protegerem animais, quando ainda os seres humanos sofrem. A resposta é: equilíbrio.

Todo o humano que tem um "coração" digno consegue defender todas as causas, sejam elas em prol dos da sua espécie ou de outras.

Em relação à forma como são tratados determinados seres humanos, e como sou defensora da esterilização animal, também acho que muitas mulheres e homens se deveriam auto-esterilizar, por não terem capacidade psicológica para colocarem filhos no Mundo.

Em relação às peles, às touradas, às matanças de porcos (...), acho que a tendência deveria ser para evoluirmos, certo? Se na Pré-história o Homem caçava, era única e exclusivamente para a sua sobrevivência. Com a tecnologia e os meios que possuímos, actualmente, não há necessidade de matar animais só pelo prazer de os ver morrer e sofrer, para manter tradições, ou pela vaidade de usar uma pele.

Se isto ainda acontece no séc. XXI, então muitas mentes não evoluíram e fazem questão de manter a sua parte selvagem, prejudicando o animal racional e o irracional.

Abaixo, alguns sites com vídeos que os leitores podem e devem consultar.

Se, no final, não sentirem, no mínimo, revolta ou tristeza, então, não têm nem sensibilidade nem inteligência para entenderem quem dá voz activa aos direitos dos animais.

http://www.animal.org.pt/.

http://videos.sapo.pt/z8VbvZdNQvzMz8zBk5fM.

http://www.strasbourgcurieux.com/fourrure/.

http://www.peta.org/feat-manoletemovie.asp.

http://www.peta.org/.

Natália Vieira
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Peles de animais
Data: 30-11-2007 Comentários: 0

A abertura de uma boutique na zona do Fórum Madeira causou-me indignação! Não sei se por ironia ou não, mas a mesma fica situada perto de um talho ali existente.

Aproveito a oportunidade para perguntar aos donos, se estão a pensar fazer concorrência ao talho? Esta loja poderia até ser mais uma loja, se os responsáveis pela mesma, não colocassem PELES DE ANIMAIS VERDADEIRAS À VENDA! Na montra, uma PELE DE RAPOSA, VERDADEIRA, "deslumbra" a vista de meia dúzia de "tias" sem escrúpulos, que provavelmente sentem-se mais femininas por usarem uma raposa morta ao pescoço.

Para os donos desta loja e para os seus clientes, independentemente de quem sejam, o meu mais puro sentimento de desprezo e de pena! Desprezo, pelo facto de menosprezarem tanto a vida animal! De pena, por simbolizarem a faceta mais insignificante da raça humana! Alguns de nós, ultrapassando muitos obstáculos, lutam para que, na nossa Ilha e no nosso país seja aplicável a legislação animal.

Alguns de nós lutam para que a mentalidade em relação à violência animal melhore dia para dia e que Homem e Animal consigam, um dia, viver em harmonia. Alguns de nós consideram repugnante a vossa imagem e a vossa montra! Espero, sinceramente, que alguém tome uma iniciativa em relação à abertura desta loja, independentemente do "calibre" dos donos.

Futuramente, arriscamo-nos a assistir a desfiles de algumas "tias lourinhas" com raposas ao pescoço. Mais bonitas não irão ficar de certeza! Irão sim, incentivar ao aumento da caça à raposa e à matança cruel destes seres.

Desafio aos leitores e aos donos da loja, a visitarem, só a título de exemplo, os sites abaixo mencionados para uma curta pesquisa. O conhecimento e o saber, ao contrário do que muitos julgam, não ocupa lugar no cérebro. http://www.tribunaanimal.com/eventos_made_in_china_RJ.htm http://youtube.com/watch?v=d-lutrleEdE " Por trás de bela pele, há uma história. Uma sangrenta e bárbara história" (Mary Tyler Moore).

Natália Vieira
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Desabafo de um animal
Data: 04-10-2007 Comentários: 0

Fui abandonada à nascença por ser uma fêmea, logo não tenho nome.

Nunca conheci um carinho, pois sempre fui tratada à pancada e ao insulto.

Sou nova mas, tenho a noção que estou com um aspecto desagradável pois tenho pulgas e algumas cicatrizes.

Sonho em ser adoptada por alguém que se apaixone por mim, independentemente do meu aspecto, que me dê um banho quente e cheiroso e uma refeição decente, sem serem os restos mal cheirosos do lixo que tenho que engolir diariamente.

Sonho, poder ir para uma casa, onde esteja protegida dos outros cães e dos humanos, onde possa brincar, pular e receber mimos da família.

Enfim… sonhos impossíveis… mas os únicos que ainda me ajudem a ultrapassar os meus negros dias.

Agora tenho outro dilema. Estou grávida!
Sei que desta barriga, irão sair uns poucos de filhotes e nem tenho dormido de preocupação!!
Gostaria que estes meus filhotes não tivessem o mesmo futuro do que eu, mas não sei o que fazer para evitar isso.

Procuro constantemente um lugar para poder trazê-los ao mundo em segurança, mas todos parecem-me inseguros e frágeis.

Num dia destes, passei num jardim onde estavam a desfilar muitos cães e pessoas. Parecia-me uma espécie de concurso qualquer.

Os cães, todos penteados e cheirosos, recebiam mimos e atenção de todos.

Deitada debaixo de uma planta, tentando passar despercebida, sonhava que também desfilava naquela passerelle e recebia mimos e elogios de todos. Mas, suja e grávida, ninguém reparava em mim. Senti inveja.

A única coisa que recebi foi um olhar de uma criança, que logo foi recriminada e afastada pelos pais, com olhares de repugnância.

Não pude, perante tanta frieza e desprezo, evitar que lágrimas me corressem sobre o pelo da cara.

Quem me dera morrer!!
Isso terminaria todo este sofrimento!
Pelo que aprendi da vida, os humanos não amam de verdade! Amam as raças, as imagens, as modas!
Aquilo que aqui vejo é só imagem, só luxo!
Fico triste por eles e pelo futuro dos animais nesta Ilha.

Vou-me embora, tenho comida para procurar...

Natália Vieira
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Infelizmente… não é o único…
Data: 17-08-2007 Comentários: 0

A carta escrita pela D. Fernanda Sousa trouxe-nos a todos a realidade cruel do que se está a passar com muitos animais nas mãos de determinados seres sem escrúpulos.

É fundamental que todos os que presenciem situações de maus tratos de animais tenham a coragem de as denunciar!
É importantíssimo que tenhamos a coragem de fazer pessoas ruins como estas se aperceberem que maltratar animais é crime!
Queria apelar a esta senhora, e a todos os "vizinhos sensíveis", que entrem o MAIS URGENTE possível em contacto com a SOCIEDADE PROTECTORA DOS ANIMAIS, pois esta associação tem autoridade para interferir nestas situações. Divulguem a morada correcta dos donos dos cães para que alguém possa actuar rapidamente e terminar com o sufoco destes pobres seres.

Contactem a PSP, façam pressão perante as autoridades, pois a PSP tem a obrigação e o dever de interferir perante estas situações!
A sua carta foi um grande passo, mas agora não pode desistir!
Ajude estes animais e se precisar de apoio para o fazer, o meu e-mail é: natalia@sapo.pt.

Para terminar gostaria de, uma vez mais, deixar umas palavrinhas de "apreço" a todas "as coisas humanas" que maltratem os animais.

Na minha opinião pessoal, seres como vocês são indignos do ar que respiram! Seres como vocês, que deixam animais à sede e à fome, sem lhes dar o mínimo de conforto, são insignificantes!
Quem é capaz de maltratar um animal, seja de que forma for, é capaz de fazer o mesmo aos seres humanos!
Quem maltrata os animais É CRIMINOSO!!!
D. Fernanda Sousa, quero acreditar que tem coragem de dar seguimento a esta denúncia.

Não desista!

Divulgue a morada correcta desses criminosos à Sociedade Protectora dos Animais e, caso não o queira fazer por algum motivo, envie essa morada para o meu e-mail.

natalia@netmadeira.com
natalia@sapo.pt
Obrigada.

Natália Vieira
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'Branca' já tem dono
Data: 10-08-2007 Comentários: 0

Quando liguei à SPAD para saber notícias da 'Branca' e dos seus filhotes, foi com uma enorme alegria que recebi as notícias dadas pela recepcionista. Informou-me, com alegria, que depois da edição da minha carta de leitores no DN sobre a Branca e os filhotes, as chamadas telefónicas de pessoas interessadas na adopção destes três têm sido imensas.

A 'Branca' já tem dono e isso enche-me de uma enorme satisfação! Os dois filhotes ainda não, mas somente porque estão sob vigilância e tratamento, mas, o que parece, candidatos não faltam.

Queria agradecer imenso a todas as pessoas que se prontificaram a ajudar!! Atitudes destas fazem com que eu acredite que afinal, ainda existem muitas pessoas que amam os animais e disponibilizam parte do seu coração para amar estas vítimas da sociedade. Muitos de nós, temos uma tendência genética para gostar e amar somente a "beleza exterior" dos seres vivos.

Esta característica faz com que estejamos em constante busca, não vendo que muitas das vezes a felicidade está nas mais pequenas e simples coisas da Vida.

A 'Branca' e os seus filhotes são carinhosos e muito bonitos e isso, já à partida, era uma mais-valia para que muitos se apaixonassem por eles.

Agora, queria pedir a todos os leitores que não tiveram a sorte de adoptar a 'Branca' e os filhotes, que visitem a SPAD. Aí, verão os muitos animais que lá estão, tão belos e carinhosos como a 'Branca'. Foram todos vítimas de pessoas sem escrúpulos!

Muitos possuem histórias macabras e inimagináveis, atribuídas pela mão do Humano! Mesmo assim, aguardam ansiosamente e inocentemente, o aparecimento de alguém que os leve para casa e lhes dê um lar. Quero acreditar que muitos dos cães abandonados, dentro ou fora da SPAD, irão encontrar nos seus dias pessoas que se sensibilizam com esta situação e que os levem para casa atribuindo-lhes uma vida digna. Adoptem um animal, independentemente da sua raça, e esterilizem-nos para evitar nascimentos indesejados.

Ajude-os e ajude-nos nesta luta constante. Obrigada.

Natália Vieira
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A Branca e os filhotes
Data: 07-08-2007 Comentários: 0

Estava na berma da estrada, num terreno baldio no Caniço de Baixo, olhando com desespero para todos os que lá passavam.

Uma Husky, toda branca e com uns lindos olhos azuis, colocava-se em frente dos dois filhotes tentando-os proteger.

Tinham sido abandonados.

Aproximei-me lentamente e com palavras mansas fiz-lhe entender que não iria fazer-lhe mal mas sim tentar ajudá-los.

Ela fixou-me e foi colocar-se junto aos seus filhotes calmamente.

Ao ver que tinha sido aceite, fiz-lhe umas festas e peguei nos filhotes.

Lindos! Em tons escuros e com uns olhos azuis magníficos!

Ela, toda vaidosa, deitava-se no chão e rebolava recebendo as minhas carícias com muito prazer.

Reparei que em redor estavam restos de comida e água. Alguém estava a tentar ajudá-la.

Um cobertor encharcado servia de "berço" aos dois filhotes e um deles, muito quieto, parecia estar doente.

Fiquei sem saber o que fazer pois sabia que a SPAD estava lotada.

Não poderia levá-la para casa pois após a minha última adopção, em Julho, fiquei com seis cães em casa.

Fiquei com medo de os deixar ali, pois os cachorros já estavam a tentar ir para a estrada e poderiam ser atropelados.

Uma família de estrangeiros com três crianças que por ali passavam olharam os cães com uma grande tristeza estampada no olhar.

Foi então que decidi. Liguei à Suzete e logo ela prontificou-se a arranjar um lugar para a cadela e os seus filhotes, se os levasse até lá.

Conseguimos com muito carinho colocar os três dentro do carro e lá fomos a caminho da SPAD.

A Branca, nome que lhe atribuímos, está lá com os seus dois filhotes fêmeas à espera que alguém as queira.

Apelo, a algum dos leitores, que adoptem algum deles pois eles são lindos! Infelizmente, assim como a Branca e os seus filhotes, muitos são os que aguardem ansiosamente na SPAD, por alguém que os queira levar para casa.

Ajude-os e ajude-nos nesta luta constante contra a ignorância e a mesquinhez e, em troca, terá uma dedicação e um carinho fenomenal destes seres vivos.

Obrigada.

Natália Vieira
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Abate de cães
Data: 21-07-2007 Comentários: 0

"O mal da ignorância é que vai adquirindo confiança à medida que se prolonga." (Autor desconhecido) Foi com as lágrimas nos olhos e um grande nó na minha garganta, que li a notícia do DN do dia 20.07.2007 sobre o início do abate de cães no canil municipal do Funchal, gerido pela Sociedade Protectora dos Animais Domésticos, ainda mais, sendo associada desta Associação.

Uma onda de desalento, cansaço e inutilidade invadiram todo o meu espírito.

Custa-me a entender, desculpem a minha inocência, a frieza deste povo e destes governantes perante esta situação.

Não sentem nada?!

Não sentem responsabilidade perante esta situação?!

Cães que vão ser abatidos! Cães doentes e amontoados! Cães que enlouquecem por estarem presos dentro de jaulas!

Embora já sejam muitos os que se preocupam com os animais, ainda somos um pequeno grão de areia comparados com todos os outros.

Lutamos por minimizar este drama, mas os apoios, são cada vez menos...

Existem outros interesses prioritários para estes povo da Pérola do Atlântico.

Lamento informar, mas neste momento, é vergonha que sinto!

Vergonha de viver nesta Ilha, que é visitada por imensos turistas, que levam a nossa imagem para lá do horizonte e onde o povo, que se diz superior, abandona friamente animais pelas ruas, maltrata e mata animais com uma frieza pré-histórica.

Uma Ilha, onde o povo, envolto numa riqueza superficial, fecha os olhos, porque simplesmente á mais cómodo. Amo imenso toda a natureza, inclusive os animais sem nenhuma distinção! Mas, infelizmente e até prova contrária, o Humano, a cada dia que passa, pela sua ganância, arrogância, frieza, ensina-me a desprezá-lo cada vez mais.

Como diz Martin Luther King: "Mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização.".

Vamos ter esperança, acreditar e continuar a lutar...

Natália Vieira
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Oportunidade para ficar calado
Data: 15-07-2007 Comentários: 0

A falta de carácter generalizada que por aí anda em todos os nossos políticos é de uma grandiosidade para com determinados problemas que, sinceramente, já me cansa.

Foi prometido um canil para a Ilha do Porto Santo e as obras ainda não se iniciaram!

Não se realizou uma iniciativa, baptizada de "Vida Animal", organizada pelo casal Stone e cuja atitude é de louvar, pois iria trazer boas perspectivas para os animais, simplesmente porque a Câmara Municipal da Ilha Dourada decidiu que seria muito mais "produtivo" encher algumas barrigas de "comes e bebes" do que ajudar os animais.

Tal como disse ao DN o Sr. Magno Velosa, vereador com o pelouro da Cultura, Desporto e Juventude, "a educação de um estrangeiro, nomeadamente um alemão ou um inglês, em relação aos animais, é outra que ultrapassa a nossa." Pois é, caro senhor. Perdeu a oportunidade de estar calado!

Sabe, para esses estrangeiros terem a cultura que têm em relação aos animais, um dia tiveram que iniciar a sua luta. E você? Quando tenciona iniciá-la?! Enquanto os nossos políticos andam entretidos com "brinquedos" mais rentáveis, os animais andam por aí, em todo o arquipélago da RAM, abandonados e entregues ao seu destino. A Câmara Municipal do Funchal é também uma das que parece ser necessário estar constantemente a relembrar-lhe as suas obrigações para com a SPAD.

Envolta no seu ambiente VIP, esquece que também na sua cidade existem animais que precisam de uns "trocos" para sobreviverem.

A SPAD anda a solicitar a adopção de cães para libertar o espaço no canil, caso contrário terão de ser mortos. Sim, mortos, essa é a palavra correcta que tem de ser dita para que todos tomem consciência da gravidade do problema.

Vamos ajudar a SPAD a adoptar os cães que lá estão!

Ajudem a mudar mentalidades, falando com as pessoas para que não abandonem os seus animais!

Adopte um animal. Verá que eles podem ser os vossos melhores amigos! Abra o coração, pois quanto mais amor dele sair, mais espaço ele terá para entrar.

Obrigada.

Natália Vieira

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Sr. Bernardo Caldeira
Data: 19-07-2007 Comentários: 0

Não conheço o Sr. Carlos Magno nem o conheço a si, e não foi o meu objectivo ofender ninguém injustamente. O meu objectivo sempre foi e será, alertar todos os leitores para o problema dos animais que sofrem nesta RAM. Se esse Sr. é ou não homem de princípios, não sou eu que o vou julgar, nem é o meu objectivo utilizar este espaço, que considero muito importante no DIÁRIO, para troca de opiniões com pessoas que nem conheço.

Agora, não estaremos nós a necessitar de algum sangue quente, para começarmos a resolver determinados problemas que a cada dia se agravam muito mais? Não caberá aos governantes a obrigação de ajudar a mudar mentalidades? Não será uma das funções dos governantes, agirem e demonstrarem ao povo a forma mais correcta de lidar com este problema? Em vez disso, passam os dias a adiar este problema com múltiplas desculpas, passando uma mensagem negativa à população, ou dizendo por outras palavras, dando um péssimo exemplo.

Todos sabemos que a cultura dos estrangeiros em relação aos animais é muito mais evoluída em relação à nossa. Agora, também sabemos que muitos deles têm uma política animal muito mais acertada e correcta.

Considero-me uma "iniciante" nesta história de luta pelos direitos dos animais pois existem pessoas, nesta Ilha, que já lutam por esta causa há muitos mais anos do que eu. Todos os dias, muitos são os que ajudam animais de rua contrariando uma sociedade pouco dada a cuidados animais...

Lamento informar que continuarei esta minha luta, e se esta mentalidade tanto a nível popular como política continuar, muitas serão ainda as palavras que irão ler ou ouvir e que não irão gostar.

Natália Vieira