Editado em JORNAL DE NOTÍCIAS http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1390951
"Um menino de cinco anos, desaparecido anteontem à noite, terça-feira, em Pegões, Montijo, sobreviveu numa floresta graças à companhia e ao calor que lhe deram de noite dois cachorros, que o acompanharam durante mais de 15 horas.
Esta história acabou bem mas, ao longo de várias horas, família, vizinhos, GNR e bombeiros acreditaram que o pior poderia ter acontecido a Pedro Miguel Ximenez de Elvira, em Pegões. E razões não faltavam: de cinco anos e após um período de institucionalização - tendo regressado ao seio familiar recentemente -, a criança desapareceu de casa, anteontem, entre as 18.30 e as 19 horas, num monte da localidade rural. Na sua companhia levou duas pequenas cadelas, a Violeta e a Sevilha, que habitualmente não o largam.
Durante horas o menor andou desaparecido numa floresta vizinha, vestindo uma t-shirt e uns calções. Acabou por ser uma idosa a encontrá-lo, pelas 10 horas - sentado, cabisbaixo, com as mãos entre as pernas e ar assustado -, debaixo de uma árvore, em frente à sua casa. Ao seu lado: os cães.
Com outros quatro filhos (de 11, 13, 17 e 21) e de origens espanholas, Iolanda e João de Elvira deram pelo desaparecimento do pequeno às 19 horas.
"Cerca das 21,40 fomos contactados pela GNR, para ajudarmos nas buscas de uma criança, cujos pais moravam ali há cinco meses. Enviámos 11 homens e uma ambulância. Como é zona de poços, acreditávamos que estivesse num deles", explicou, ao JN, Urbano Emídio, comandante dos bombeiros de Canha.
Numa área de 2,5 quilómetros, as buscas foram reforçadas com a equipa cinotécnica da GNR [seis cães], a mesma que participou na Operação Madie, na Praia da Luz. "A luz era muito pouca e o mato denso. Nem imagina o que nos passou pela cabeça(...)", admitiu Paulo Ferreira, vizinho da família, que acompanhou as operações.
Terá sido a fome que aproximou Pedro da casa da idosa. "Quando lá chegámos, já estava a comer. Não tinha ferimentos. Perguntámos-lhe onde tinha dormido. Apontou para a floresta e disse que na companhia dos cães. Aqueceram-no e foi a sorte dele. Ainda assim, espirrava muito", adiantou Urbano Emídio.
A criança foi encaminhada para a unidade de pediatria do Hospital do Barreiro, onde ainda estava em observação ao fecho da edição. Ao JN, o pai pouco mais explicou. O caso está já nas mãos da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens do Montijo, que já tinha sinalizado este e os outros menores da família Elvira.
Madrugada de ansiedade
Afasta-se de casa em silêncioPedro sai de junto da família pelas 18.30 horas, de anteontem, sem que alguém note o início da sua caminhada. Algum tempo depois [meia-hora] a família dá o alerta.
Início de uma longa noite
Tanto a GNR de Canha, que contou com o apoio da equipa cinotécnica, como os Bombeiros de Canha, realizaram buscas durante toda a noite numa área de 2,5 quilómetros.
Padeira descobre menorÀs 10 horas de ontem, uma idosa, quando se preparava para cozer pão apercebeu-se do menor, sentado debaixo de uma árvore, acompanhado dos cachorros."
Esta história acabou bem mas, ao longo de várias horas, família, vizinhos, GNR e bombeiros acreditaram que o pior poderia ter acontecido a Pedro Miguel Ximenez de Elvira, em Pegões. E razões não faltavam: de cinco anos e após um período de institucionalização - tendo regressado ao seio familiar recentemente -, a criança desapareceu de casa, anteontem, entre as 18.30 e as 19 horas, num monte da localidade rural. Na sua companhia levou duas pequenas cadelas, a Violeta e a Sevilha, que habitualmente não o largam.
Durante horas o menor andou desaparecido numa floresta vizinha, vestindo uma t-shirt e uns calções. Acabou por ser uma idosa a encontrá-lo, pelas 10 horas - sentado, cabisbaixo, com as mãos entre as pernas e ar assustado -, debaixo de uma árvore, em frente à sua casa. Ao seu lado: os cães.
Com outros quatro filhos (de 11, 13, 17 e 21) e de origens espanholas, Iolanda e João de Elvira deram pelo desaparecimento do pequeno às 19 horas.
"Cerca das 21,40 fomos contactados pela GNR, para ajudarmos nas buscas de uma criança, cujos pais moravam ali há cinco meses. Enviámos 11 homens e uma ambulância. Como é zona de poços, acreditávamos que estivesse num deles", explicou, ao JN, Urbano Emídio, comandante dos bombeiros de Canha.
Numa área de 2,5 quilómetros, as buscas foram reforçadas com a equipa cinotécnica da GNR [seis cães], a mesma que participou na Operação Madie, na Praia da Luz. "A luz era muito pouca e o mato denso. Nem imagina o que nos passou pela cabeça(...)", admitiu Paulo Ferreira, vizinho da família, que acompanhou as operações.
Terá sido a fome que aproximou Pedro da casa da idosa. "Quando lá chegámos, já estava a comer. Não tinha ferimentos. Perguntámos-lhe onde tinha dormido. Apontou para a floresta e disse que na companhia dos cães. Aqueceram-no e foi a sorte dele. Ainda assim, espirrava muito", adiantou Urbano Emídio.
A criança foi encaminhada para a unidade de pediatria do Hospital do Barreiro, onde ainda estava em observação ao fecho da edição. Ao JN, o pai pouco mais explicou. O caso está já nas mãos da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens do Montijo, que já tinha sinalizado este e os outros menores da família Elvira.
Madrugada de ansiedade
Afasta-se de casa em silêncioPedro sai de junto da família pelas 18.30 horas, de anteontem, sem que alguém note o início da sua caminhada. Algum tempo depois [meia-hora] a família dá o alerta.
Início de uma longa noite
Tanto a GNR de Canha, que contou com o apoio da equipa cinotécnica, como os Bombeiros de Canha, realizaram buscas durante toda a noite numa área de 2,5 quilómetros.
Padeira descobre menorÀs 10 horas de ontem, uma idosa, quando se preparava para cozer pão apercebeu-se do menor, sentado debaixo de uma árvore, acompanhado dos cachorros."
2 comentários:
Mais um exemplo da importância dos animais... Faço ideia do que não poderia ter-lhe acontecido se não fossem eles! Pena que, para a maior parte das pessoas, este caso passe ao lado...
Quero acreditar que para esta criança penso que marcará a diferença...
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