Protesto
Petição pede esterilização para os animais abandonados
por CATARINA GUERREIRO12 Agosto 2009
Petição pede esterilização para os animais abandonados
por CATARINA GUERREIRO12 Agosto 2009
Grupo de cidadãos exige que partidos candidatos às eleições autárquicas incluam nos seus programas políticos medidas de esterilização de cães e gatos de rua. No País, há cinco milhões de cães e gatos abandonados
O excesso de animais abandonados em Portugal levou um grupo de cidadãos a lançar uma petição para pedir a esterilização gratuita de cães e gatos. O documento será entregue aos partidos políticos já no próximo dia 15 de Setembro e exige que as autarquias passem a pagar o custo da esterilização dos cães e gatos abandonados ou cujos donos não têm capacidade financeira para o fazer.
Hoje em dia, esterilizar uma gata custa entre 150 e 200 euros e numa cadela pode chegar aos 350. Mas as autarquias podem obter preços mais acessíveis ao fazerem protocolos com associações e clínicas veterinárias. Apesar de serem ainda poucas, algumas câmaras municipais já prestam este serviço. Em Oeiras, por exemplo, a autarquia paga a esterilização dos animais de munícipes carenciados. Já em Lisboa, são o canil e o gatil municipais que esterilizam os cães e gatos.
Segundo a responsável pelo núcleo de Lisboa da Associação Animais de Rua, existem cerca de cinco milhões de animais abandonados nas ruas do País. E grande parte é abatida.
A única forma de diminuir estes números, segundo a promotora da petição, Maria Margarida Garrido, é avançar com a esterilização gratuita. "É preciso reprimir o abandono. É uma situação de calamidade que exige intervenção rápida e não é o abate que vai resolver", explica ao DN Maria Garrido, acrescentando que por se estar a viver uma crise económica a situação de abandono agrava-se: "Há pessoas que perdem a casa e têm de ir viver para casa de familiares, tendo de dar os animais."
A petição que pede o controlo da reprodução de cães e gatos já conta com 1300 assinaturas, circula desde 5 deste mês na Internet e estará a recolher apoiantes até à data em que será entregue aos partidos políticos candidatos às eleições, para que incluam a esterilização nos seus programas.
João Rebelo, do CDS-PP, concorda que a situação é grave e diz perceber a intenção dos promotores da iniciativa. "Há um drama de animais abandonados e esta petição é um grito de alerta", considera o deputado centrista, esclarecendo que o seu partido admite que é preciso legislar de forma a trazer para Portugal um "verdadeiro código de protecção de animais". O deputado socialista Ricardo Pires, por seu lado, remete para o programa do partido.
Apesar de defender a iniciativa, a primeira assinante da petição reconhece que a esterilização generalizada não é a solução ideal, mas é a possível. Isto porque a maior parte dos animais abandonados recolhidos por associações e pelos canis municipais acaba por ser abatida. As instituições tentam que sejam adoptados num prazo de oito dias (ver caixa). Mas, como há pouco candidatos a donos, as associações ficam todas superlotadas, revela fonte da Liga Portuguesa dos Direitos do Animal. Para evitar o abate, Maria Garrido defende que é preciso apostar na sensibilização das pessoas, "é preciso educar para reprimir o abandono, mas não é do pé para a mão que se consegue civilizar pessoas que não são civilizadas".
O excesso de animais abandonados em Portugal levou um grupo de cidadãos a lançar uma petição para pedir a esterilização gratuita de cães e gatos. O documento será entregue aos partidos políticos já no próximo dia 15 de Setembro e exige que as autarquias passem a pagar o custo da esterilização dos cães e gatos abandonados ou cujos donos não têm capacidade financeira para o fazer.
Hoje em dia, esterilizar uma gata custa entre 150 e 200 euros e numa cadela pode chegar aos 350. Mas as autarquias podem obter preços mais acessíveis ao fazerem protocolos com associações e clínicas veterinárias. Apesar de serem ainda poucas, algumas câmaras municipais já prestam este serviço. Em Oeiras, por exemplo, a autarquia paga a esterilização dos animais de munícipes carenciados. Já em Lisboa, são o canil e o gatil municipais que esterilizam os cães e gatos.
Segundo a responsável pelo núcleo de Lisboa da Associação Animais de Rua, existem cerca de cinco milhões de animais abandonados nas ruas do País. E grande parte é abatida.
A única forma de diminuir estes números, segundo a promotora da petição, Maria Margarida Garrido, é avançar com a esterilização gratuita. "É preciso reprimir o abandono. É uma situação de calamidade que exige intervenção rápida e não é o abate que vai resolver", explica ao DN Maria Garrido, acrescentando que por se estar a viver uma crise económica a situação de abandono agrava-se: "Há pessoas que perdem a casa e têm de ir viver para casa de familiares, tendo de dar os animais."
A petição que pede o controlo da reprodução de cães e gatos já conta com 1300 assinaturas, circula desde 5 deste mês na Internet e estará a recolher apoiantes até à data em que será entregue aos partidos políticos candidatos às eleições, para que incluam a esterilização nos seus programas.
João Rebelo, do CDS-PP, concorda que a situação é grave e diz perceber a intenção dos promotores da iniciativa. "Há um drama de animais abandonados e esta petição é um grito de alerta", considera o deputado centrista, esclarecendo que o seu partido admite que é preciso legislar de forma a trazer para Portugal um "verdadeiro código de protecção de animais". O deputado socialista Ricardo Pires, por seu lado, remete para o programa do partido.
Apesar de defender a iniciativa, a primeira assinante da petição reconhece que a esterilização generalizada não é a solução ideal, mas é a possível. Isto porque a maior parte dos animais abandonados recolhidos por associações e pelos canis municipais acaba por ser abatida. As instituições tentam que sejam adoptados num prazo de oito dias (ver caixa). Mas, como há pouco candidatos a donos, as associações ficam todas superlotadas, revela fonte da Liga Portuguesa dos Direitos do Animal. Para evitar o abate, Maria Garrido defende que é preciso apostar na sensibilização das pessoas, "é preciso educar para reprimir o abandono, mas não é do pé para a mão que se consegue civilizar pessoas que não são civilizadas".
DN Portugal
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