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Um exemplo digno a seguir!
Faria o mesmo se tivesse mais dinheiro, mas...
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Natália Vieira
A maior parte dos cães do Parque da Terra Nova têm problemas de saúde
Parque da Terra Nova, em Riba de Ave...
Animais abandonados: 60 cães vivem num asilo criado por empresária de Famalicão 22.08.2009 - 12h51 Lusa
Há dois anos que uma empresária acolhe, no Parque da Terra Nova, cães doentes, abandonados e maltratados e dá-lhes comida, medicamentos e liberdade. "Na prática, a minha casa é uma espécie de lar para cães doentes e abandonados", referiu Paula Ferreira, a criadora do Parque da Terra Nova, em Riba de Ave, Famalicão.Empresária têxtil durante um quarto de século, Paula Ferreira começou a adoptar cães há cerca de dois anos. Primeiro tomou conta de cães que amigos encontravam abandonados. Depois alguns veterinários começaram a pedir-lhe receber cães com doenças graves ou abandonados pelos donos nos consultórios. "Actualmente tenho 60 cães e tenho a noção de que não posso aceitar mais nenhum. Implica um auto-controle muito grande", frisou a responsável pela quinta. Das seis dezenas, contam-se pelos dedos de uma mão os que não têm problemas de saúde. "Tenho vítimas de acidentes de viação, de acidentes de caça, de maus-tratos, tenho cães mancos, cegos, com AVCs e até um cão que foi abusado sexualmente", relatou.Nomes para todos Todos os cães têm nome e, tanto Paula Ferreira, como a prima Alexandra Oliveira, também responsável pelo projecto, sabem a história de vida de cada animal. No blogue Parque da Terra Nova (http://parquedaterranova.com/), são contadas as histórias de vida de cada um dos cães e são pedidos "padrinhos e madrinhas" para os animais. Em 2010 deverá ser publicado o livro "Alma de Cão", com o relato das vidas atribuladas de cada animal. Para alimentar 60 cães, só em ração, carne e arroz, são gastos 350 euros por semana que saem do orçamento familiar da dona da quinta e das ajudas financeiras e em géneros que vão chegando a Riba de Ave. Todas as noites, Paula Ferreira com a ajuda da família e de um empregado, prepara três panelas de comida. "Os cães estão divididos por grupos e cada grupo tem a sua hora de comer, de andar à solta pela quinta e de recolher", disse. A ordem é mantida para criar rotinas e, sobretudo, por uma questão de organização do trabalho de alimentar, brincar e passear com 60 cães. Episódios de violênciaDe todas as histórias, algumas sobressaem pela violência. Em 2004, chegou ao parque um doberman com as patas arqueadas e definhadas. "Era um cão reprodutor que um criador manteve numa jaula pequena durante muitos anos e o animal não se podia esticar. Ficou com as patas tortas para toda a vida", revelou Paula Ferreira. No mesmo ano, o parque acolheu Julieta, uma cadela que estava no canil do Porto para ser abatida. "Disseram-nos que tinha mordido a um agente da PSP, que era muito perigosa e até tivemos que assinar um termo de responsabilidade para a trazer", recorda, enquanto afaga a cadela, "uma das mais dóceis da quinta". A Preta Grande (na quinta, há mais duas cadelas com o nome Preta), cruzada de pit-bull, é um exemplo de dedicação. "O dono era um toxicodependente que morreu com sida. Enquanto esteve no hospital, os amigos levavam-lhe fotografias da cadela e parecia ser o único estímulo a que o doente reagia", recorda a dona do asilo de cães. Do Parque da Terra Nova nenhum animal é vendido. "Já demos alguns cães para adopção mas seleccionamos muito bem as famílias onde vivem porque não fazemos negócio com a vida dos cães", garante Paula Ferreira...
2 comentários:
Eu já tinha visto esta notícia na televisão e lembro-me de, na altura, pensar que era um óptimo post para o meu blogue.
Importava-se se eu copiasse este texto e publicasse no meu cantinho?
Claro que pode colocar. O texto não é da minha autoria, consegui o mesmo, nas notícias da Lusa, como indico no topo.
É um magnífico exemplo e deve ser divulgado.
Obrigada e fique bem.
Natália Vieira
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