"Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo o dia." José Saramago

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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

História de Natal


A noite estava gelada e os chuviscos, faziam com que as ruas estivessem desertas.
Malhado, arrastava-se pelo passeio de cabeça tombada, deixando que a chuva miudinha, encharcasse o seu pêlo cumprido e sujo que um dia já fora belo.
“Ali parece estar um bom lugar para dormir. Pelo menos estarei abrigado da chuva se ela cair.” – pensou.
Doía-lhe o estômago, já não se recordava a última vez que comera e sentia-se fraco e cansado.
Aconchegou-se num recanto da loja de brinquedos e preparou-se para passar a noite.
O calor das luzes da montra, aqueciam ligeiramente o lugar tornando-o menos realista.
“Que belos aqueles brinquedos! Parecem os brinquedos do meu amigo...” – recordou o cansado cão com os olhos cheios de água.
Malhado recordava-se perfeitamente do dia em que o tinham abandonado. Sem uma palavra e rodeado de um secretismo, tinham-lhe atirado do carro em andamento.
Não tinha tido tempo para se despedir do seu amigo e, embora já se tivesse passado alguns meses desde aquele dia, as feridas no corpo de hoje, oriundas da vida de rua, não doíam tanto como a grande ferida da alma.
Ultimamente, aquela dor no coração parecia querer terminar o seu sofrimento e ansiosamente, aguardava por esse dia.
Já perdera as esperanças, já perdera as esperanças de voltar a viver.
A vida da rua ensinara-lhe muito, e, uma das principais lições fora a de que o Humano, já perdera a capacidade de ver com verdadeiros olhos de ver, já perdera a capacidade de amar.
Malhado olhava o Homem com pena e chamava-o, o “cego”. Achava que ele estava cego de sentimentos e refugiava-se no Mundo do materialismo, pois tinha medo de amar.
Interrompendo os seus pensamentos, um carro a grande velocidade, projectou uma poça de água, acumulada na berma da estrada, para o abrigo. Malhado tinha agora o seu abrigo molhado.
Encolhendo-se ainda mais, rendeu-se à sua triste sorte e decidiu ficar ali mesmo.
Tinha começado a chover fortemente e a noite prometia ser de tempestade. Não tinha tempo de procurar outro lugar.
Fechou os olhos e começou a relembrar o tempo de felicidade da sua vida. O que via era um cão fresco e saudável, correndo e brincando na relva com o seu amigo.
Sabia que ainda era novo, mas já não acreditava que aqueles momentos voltassem.
“O que isto? Hum, caramba novamente aquela dor...forte desta vez...” – pensou ganindo devagarinho – “Seria real ou seria do sonho?!”
Mas não era sonho, era real.
O seu coração deixara de lutar contra a dor e rendera-se às circunstâncias.
Seu corpo magro e molhado iniciou o processo de arrefecimento.
Malhado dormia agora para sempre.
Deixara-se levar pelos seus maravilhosos sonhos e recordações e, a dor, para todo o sempre desaparecera, transformando-se ela agora, no seu passado.
Se olharmos o céu agora, veremos de certeza a estrelinha da alma do Malhado. Estará brilhando intensamente, junto de todas as outras que sofreram e morreram, vítimas da falta de visão do Homem.

Natália Vieira

FELIZ NATAL


FELIZ NATAL A TODOS OS AMIGOS DOS ANIMAIS!
Que o espírito de Natal ajude os muitos animais abandonados que sofrem no dia a dia.

Natália Vieira

domingo, 19 de dezembro de 2010

Uma vez mais...obrigada Doris





Luna – Duma – Luna

A Luna partiu da SPAD a dia 12 de Agosto.

Já havia uma Luna no Centro para Cães Polares, e por isso chamaram-na “Duma”. No inicio tinham problemas com ela. Ela não teve idea nenhuma o que fazer com uma trela. Andou passeando em tres dimensões. Pouco a pouco ela aprendeu. Aprendeu umas palavras alemãs também.

Em Novembro uma família à procura de um segundo Husky trouxe o Husky que já tinham, para ver se os dois gostariam um do outro. Depois da segunda visita decidiram e levaram a Duma para casa. Agora ela chama-se Luna outra vez.

Doris Mitchell

ANIMA Hilfe für Tiere e. V.

E espero que um dia, as pessoas entendem que estes cães não são felizes em terras como a nossa, quentes. Que deixem de os comprar para depois os abandonar.
Natália Vieira

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Outro amigo ajudado pela Doris e Anima



"Olá a todos,
A Tuga, que partiu para a "Anima" na Alemanha na Quinta Feira passada, já fez uma visita à cabeleireira. Envio como anexo duas fotos dela e também da Luna que afinal tem donos.
Cumprimentos,"
Doris mitchell

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Mensagem da amiga Doris Mitchell



Olá a todos.

Envio como anexo duas fotos da cadela "Catarina", agora "Candy" no seu novo lar. Ela partiu para a "Anima-Hilfe für Tiere e. V." a dia 7 de Septembro.

Melhores cumprimentos,
doris mitchell

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Uma grande história, a do cão Canelo



Uma hitória muito triste que me tocou imenso...

Se existe amor verdadeiro, esse amor está aqui, neste cão.

Espero que ele esteja agora, bem perto do seu amado dono, passeando por ruas, por nós desconhecidas.

Leiam a história abaixo, a história do Canelo.




Natália Vieira

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Notícia chocante no nosso país!


Cães vivos usados como cobaias na universidade

Esterilizações, castrações, simulações de cesarianas e anestesias. A todas estas práticas foram sujeitos animais saudáveis enviados pelo canil municipal para a Universidade de Évora e servirem de "cobaias" a alunos do curso de Medicina Veterinária. Depois, eram abatidos.
A situação, ilegal e que viola todos os diplomas que regulam os direitos dos animais, arrasta-se há vários anos, mas só agora foi denunciada ao JN por vários ex-estudantes e actuais veterinários que se mostraram indignados com o recente abate de sete cães no canil, cinco dos quais com processo de adopção em curso.
Os relatos são feitos na primeira pessoa, mas quase todos os autores pedem o anonimato por se tratar de um meio pequeno e da ligação que os une às instituições visadas. "No meu primeiro ano do curso foi utilizada uma cadela para a parte da prática da disciplina de Anestesiologia. Todos os dias, de segunda a sexta-feira, aquele animal foi anestesiado e acordado. Até que no último dia foi abatido", refere uma aluna. No segundo ano, o cenário piorou, com cães a serem "abertos para aprendermos como se retira órgãos, como o baço. Por ser demasiado cruel, não voltei às aulas".
Cesarianas em não grávidas
Situações confirmadas por uma ex-aluna do mesmo curso e que agora exerce numa clínica em Évora. "Cheguei a simular cesarianas em cadelas que não estavam grávidas e retirei órgãos, como o útero e os ovários". Tudo isto "em animais vivos e sem doenças".
Do Sabugal chega o depoimento de Ana Lúcia, a única veterinária que não teme represálias. Em Maio pagou 700 euros por uma formação em Ecografia na Universidade de Évora (UE), de onde saiu "absolutamente chocada". Recorda terem sido utilizados pelo menos três animais vivos e sem doenças nas aulas práticas e que no final eram eutanasiados. "Estavam cheios de pulgas e carraças. Alguns colegas até foram picados. Uma cliente minha queria adoptar uma cadelinha, mas não foi permitido. As ordens eram expressas, qualquer cão que entrasse no Hospital Veterinário era para ser abatido. Não podia salvar todos, mas ao menos uma poderia ter sobrevivido", recorda.
Ao que o JN apurou, os animais que são enviados para a UE permaneceram no canil pelo menos durante oito dias, prazo a partir do qual a lei define que passam a ser "propriedade" da autarquia. Várias fontes garantem que "a saída é feita de forma regular". Entre as duas instituições existe um protocolo assinado "há cerca de seis ou sete anos" mas que, segundo o responsável do Hospital Veterinário, "apenas para incineração de cadáveres".
Confrontado com as várias acusações que contrariam esta afirmação, José Tirapicos Nunes começou por dizer que as desconhecia "em absoluto" para, pouco tempo depois, admitir que "possam ter ocorrido algumas situações pontuais de exames feitos em animais vivos". Ainda assim, fez questão de frisar que "não houve qualquer sofrimento infligido aos animais, uma vez que todos foram anestesiados". Por outro lado, "o veterinário municipal já tinha decidido que iam ser abatidos. A única diferença é que foram eutanasiados na universidade e não no canil", remata.
Duas ilegalidades
Advogada e sócia de diversas associações de defesa dos animais, Alexandra Moreira diz estarem a ser cometidas "pelos menos duas ilegalidades. Os animais não podem ser utilizados para fins didácticos nem cedidos pelos canis a outros que não sejam particulares ou associações zoófilas".
O presidente da autarquia, José Eduardo Oliveira, remeteu explicações para o veterinário municipal. Às acusações, António Flor Ferreira respondeu assim: "Estou a conduzir e a trabalhar desde as 5 da manhã. Já fechei a loja". Depois, desligou o telemóvel.
Marisa Rodrigues
publicado a 2010-11-18 às 00:51
http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=%C9vora&Concelho=%C9vora&Option=Interior&content_id=1713292

domingo, 24 de outubro de 2010

A história da Branquinha...





A Branquinha foi recolhida no hotel Alpino Atlântico-Galo Resort Hotels, no Caniço de Baixo.
Ia lá visitar as minhas colegas de trabalho todos os dias.
Na sua orelha começou a surgir uma ferida que com o tempo foi piorando.
Uma das minhas colegas tentou ajudá-la levando-a para casa e tratando da ferida, mas ela voltou para a zona do Alpino.
A ferida continuou a piorar e isto já era notado por todos.
Foi aí que eu e o António entramos na história.
Decidimos tentar capturá-la para tentar ajudá-la.
Foram vários dias com a grande ajuda da Fátima e da Ivone. Só conseguimos com outra grande ajuda a dum calmante para gatos.
Com ela a dormir foi só levá-la para a Vetmedis e ajudá-la.
Foi-lhe diagnosticado um tumor numa orelha, e outro a começar na outra orelha. Para além disso a menina estava grávida, uma gravidez inicial. Pelos vistos a orelha naquele estado não se lhe impediu de namoriscar...
Foi-lhe amputada uma orelha e um pedaço da outra e também foi-lhe feita um aborto e a castração.
Pelas fotos podem verificar que ela já está muito melhor e muito mais feliz.
A Branquinha vai ficar na nossa casa, vai ser adoptada por nós, isto se ela decidir lá ficar. A opção é dela.
Gostaria de, em nosso nome e no nome da Branquinha, agradecer, do fundo do coração, a grandiosa ajuda da Vetmedis, como sempre grandes profissionais com grandes corações e dos colaboradores da Galo Resort Hotels que, conforme podem, estão a contribuir para nos ajudar a pagar os custos desta operação da Branquinha.
Um bem haja a todos vós.
Logo que hajam mais notícias daremos.
Obrigada!

Natália Vieira

A nova refugiada



Esta é a minha última refugiada adoptada por nós.
É uma querida e chama-se Margarida.
É muito pequeninha e novinha.
Bem vinda à casa Margarida.
Olá a todos.
Peço desculpa por nunca mais ter actualizado o blog mas isso deve-se à falta de tempo...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

DIA MUNDIAL DO ANIMAL


Hoje, 04 de Outubro de 2010, é DIA MUNDIAL DO ANIMAL.Neste dia, deixo aqui o meu silêncio em homenagem aos muitos que sofrem, ignorados por uma sociedade hipócrita.Deixo aqui as minhas lágrimas pelos milhares, milhares que são eutanasiados com um único objectivo, limpar o espaço para os seres ditos superiores, o Homem.Deixo aqui a minha revolta, a minha dor por não conseguir ver ainda num horizonte, uma luz de esperança para este problema.Porquê, porque o medo impera, o medo de assumir frontalmente algo que, com a união de todos poderia ser resolvido.Mas, o bem-estar, os interesses políticos, os interesses pessoais são sempre os que ganham.Quem perde? Os tão especiais seres: OS NOSSOS E VERDADEIROS AMIGOS ANIMAIS.
Natália Vieira

Alegria para alguns






Uma mensagem chegada da nossa amiga Doris. Mais uns finais felizes para alguns cães abandonados da Madeira.

Obrigada Doris

“Olá a todos,
A Rute e os Huskies Andreia e Puddy chegaram a dia 30. de Septembro na Alemanha.
Anexo as primeiras fotos da Rute no jardim de Dª Heinemann. Parece que ela não parou de saltar com alegria.
Bom fim de semana,
Doris Mitchell”

domingo, 3 de outubro de 2010

Carta de Leitores DN 2010.10.03

"Se tens um coração de ferro, bom proveito.

O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo o dia."

José Saramago

Decidi elaborar uma carta, que poderão ler, no link abaixo: http://www.peticaopublica.com/?pi=P2010N3122

Esta carta será endereçada, junto com as assinaturas recolhidas, à Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais, solicitando apoio e um outro olhar para o problema dos nossos Animais, sejam eles abandonados ou na posse dos chamados, maus donos.

A União faz a Força e noto que, neste pequeno espaço de terra que é a nossa Ilha, existe pouca união, onde deveria existir muita.

Por diversas situações, alheios à minha compreensão e sensibilidade, vejo que, a individualidade impera entre os que poderiam fazer um grande trabalho e que, com essa atitude, ficam sem conseguir dar resposta ao apelo, ao grito de socorro do, cada vez maior número de animais abandonados.

É fundamental que, elaboremos um plano feito de raiz, que diminua a procriação animal e que lute contra os abandonos e os maus-tratos animais.

Somos uma Ilha turística e este é um problema nosso, um problema geral! Este é um problema meu, teu, nosso!

Fazer com que todos olhemos para este problema dessa forma, é o objectivo desta minha acção.

É fundamental acreditarmos que, as mentalidades trabalham-se e esse evoluir faz parte do nosso crescimento pessoal.

Para isso, e para acompanhar a minha carta, elaborei uma Recolha de Assinaturas on-line.

Está na hora de começarmos a olhar este problema de frente, e de deixarmos de, literalmente falando, “empurrar o lixo para debaixo do tapete”. Não é essa a solução, nem nunca será!

Para quem quiser assinar a Petição, é só aceder ao link abaixo, clicar em “Assinar esta Petição”, e preencher os dados, pelo menos os obrigatórios.

O link é:

http://www.peticaopublica.com/?pi=P2010N3122

A todos, desde já, o meu grande obrigada.

Natália Vieira


http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/cartasdoleitor/edicao-2010-10-03/229578-peticao